Mercado eleitoral

Muitos podem até achar cedo demais, mas as eleições de 2022 começaram a aquecer o ‘mercado político’ nacional já há algum tempo. E nesta temporada com um agravante: a pandemia da Covid-19 será utilizada como ‘trampolim’ por aqueles que sonham em ocupar a cadeira maior de presidente do país – alguém imaginou o contrário quando falamos em Brasil? Aliás, a politização de um tema que deveria ser abordado de maneira exclusivamente técnica é desprezível e certamente deve render dissabores, principalmente para aqueles que trataram e ainda tratam a gravidade do quadro com certo desdém.

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O assunto eleições começa a esquentar de maneira mais incisiva no terreno das redes sociais, onde verdadeiro campo de batalha é formado por alas antagônicas que há anos não se cansam dos ataques sistemáticos. Posicionamentos absurdos, verborragia generalizada e agressividade política desmedida conduzem para a inexplicável divisão de um país que, ao que parece, jamais falará a mesma língua. E o que é pior: poucas soluções são apresentadas para tantos problemas vividos, que se agravaram com a perpetuação de uma doença que evidenciou a completa falta de empatia pelo próximo.

Aguardar por uma liderança capaz de novamente aglutinar uma nação em torno do bem comum soa como utópico demais. Mas não se pode permitir que o extremo tome conta dos interesses gerais, fomentando a discórdia e a intolerância. Em um momento no qual lamentavelmente a verdade passou a pertencer a todos, sem qualquer opção de ao menos ouvir ideias divergentes a quanto mais aceitá-las, necessário se faz buscar caminhos que reconduzam o Brasil ao rumo e, também, que seu povo consiga conviver com o mínimo de harmonia. Caso contrário, estraremos fadados a mais quatro anos de profundo fracasso.