Os jovens/adultos de 20 a 49 anos somam 21,2% das mortes provocadas pela Covid-19 no município. Além disso, a faixa etária analisada é a que mais acumula positivações, com 62% do total. A informação foi dada pelo Jornal Tribuna de Itapira em sua edição de domingo (25).

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Segundo levantamento da reportagem do Tribuna de Itapira, que tomou por base dados constantes nos boletins epidemiológicos diários, a faixa etária analisada acumula em torno de 5,8 mil contaminados dos 9,3 mil casos registrados até sexta-feira (23). Em resumo: um a cada 97 jovens-adultos acometidos pela síndrome respiratória vai a óbito, o que representa um pouco mais de 21% do total de mortes.

Segundo o boletim epidemiológico de sexta-feira, 23, divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde, Itapira acumulava 282 óbitos por coronavírus desde o início da pandemia, sendo 60 deles concentrados no público de 20 a 49 anos. Até o momento, a letalidade da doença é maior na faixa de 50 a 59 anos, com 62 falecimentos (21,9%). Este grupo concentra ainda 14,5% das positivações por Covid. O índice de morte aumenta de acordo com o avanço da idade, sendo que em Itapira morre um idoso acima de 90 a cada três que contraem o coronavírus.

O secretário municipal de Saúde, Vladen Vieira, informou que a maioria dos 60 pacientes de 20 a 49 anos que entrou em óbito possuía comorbidades, como obesidade, diabetes e hipertensão, e muitas vezes todas juntas. Este público também revela altíssima taxa de recuperação, de 98,9%. O aumento das ocorrências fatais foi observado em 2021, já que em janeiro esse grupo somava apenas quatro mortes.

Em uma análise fragmentada dos números, os jovens de 30 a 39 anos são os que mais positivam pelo novo coronavírus: respondem por 22,9% dos casos confirmados, ou 2.141 do total de 9,3 mil infectados. Essa faixa etária, até então longe de apresentar mortes pela doença, agora representa 7,8% dos óbitos, ou seja, 22 pessoas. É também o grupo que contou com maior aumento de falecimentos em 2021 – até janeiro era apenas um e outros 22 aconteceram no decorrer do ano.

Os jovens de 20 a 29 anos somam 1.872 casos confirmados e 10 mortes. Os de 40 a 49 anos representam 1.819 positivações, concentrando 19,5% do total. “Essa faixa etária do jovem adulto é a que mais circula e se expõe mais facilmente ao vírus. A transmissibilidade nesse grupo é muito grande. O grupo de 49 anos para baixo já tomou a vacina, mas apesar disso o medicamente demora semanas para começar a formar anticorpos”, analisou.

Vieira informou que os casos positivos em julho caíram 31%, já que de 1º a 23 de junho eram 1.160 positivações e nesse mesmo período do mês atual, 801. Na análise do secretário, o ‘lockdown noturno’ realizado entre 19 de junho e 7 de julho, que restringiu atividades depois das 19h00, foi positivo. “A restrição a ambientes noturnos, que são pontos de maior transmissibilidade, ajudou muito. Agora vamos ver daqui para o final do mês qual a consequência da flexibilização até 23h00 e 60% de ocupação”, pontuou.

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