Levantamento divulgado pelo Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgotos) mostra que pelo menos um hidrômetro é furtado semanalmente no município. Desde agosto a autarquia já contabilizou 20 equipamentos removidos de imóveis de vários bairros. Uma prática criminosa que representa prejuízos tanto à população em geral quanto ao poder público, com transtornos provocados por conta das consequências dos atos.

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No caso específico dos aparelhos responsáveis pela apuração do volume de água consumido, além do dano econômico – a substituição custa aproximadamente R$ 160 -, em alguns casos há a perda da água tratada, que jorra até que o furto seja detectado. Pior para o responsável pelo imóvel, já que a legislação vigente deposita sobre ele a responsabilidade por arcar com a instalação do novo equipamento.

“Na verdade, o hidrômetro é instalado na residência do usuário, que fica sendo responsável pelo equipamento. No caso de furto ou qualquer dano causado, é de responsabilidade do proprietário arcar com a reposição. É prevista a possibilidade de parcelamento da taxa”, explicou o presidente do Saae, Carlos Vitório Boretti Ornellas.

O levantamento da autarquia aponta que não há uma região específica da cidade onde os furtos têm ocorrido. Há registros tanto em bairros da periferia quanto em imóveis da região central. E diferente do que se imagina, as construções não são os alvos mais comuns dos ladrões. Na maioria das vezes o crime é praticado contra prédios residenciais e comerciais em uso.

O prazo fixado para a instalação de um novo hidrômetro no imóvel é de cindo dias e as equipes do Saae têm se esforçado para efetuar a reposição assim que a solicitação é formalizada. Ornellas lembrou que a celeridade ocorre em razão da impossibilidade de reestabelecer o abastecimento sem que o equipamento esteja instalado.

Conforme observou, embora os números absolutos pareçam baixos à primeira vista, em períodos normais o Saae passa meses sem registrar furtos de hidrômetros. O chefe da Divisão Comercial da autarquia, Fernando Vieira Caporalli, salientou que de tempos em tempos ocorre uma onda de furtos de hidrômetros. “Às vezes passamos anos sem ter este problema, mas quando acontece um, logo aparecem outros e daí vira uma espécie de onda. Quando vêm dois, a gente já sabe que outros vão aparecer”, contou.

Segundo Caporalli, no mercado de sucata o valor do aparelho hoje é muito baixo, estimado em R$ 5. Os modelos antigos possuíam no interior uma peça de bronze, que motivava os furtos no passado. Mas praticamente todos equipamentos instalados atualmente nos imóveis itapirenses são compostos exclusivamente de ferro fundido e plástico. “O que vale alguma coisinha é a carcaça, que é de ferro. O interior deles (hidrômetros) hoje é de plástico”, explicou.

A orientação é que os consumidores, em caso de furtos, elaborem o Boletim de Ocorrência na Polícia Civil. A medida visa oficiar as autoridades policiais a respeito do problema, para que eventuais ações contra aqueles que furtam e também os que compram os hidrômetros furtados possam feitas.

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