O coordenador geral regional do Samu (Serviço Móvel de Atendimento de Urgência), Eliel Martins, esteve no município na tarde de terça-feira, 21, em visita à base operacional da corporação. Em contato com representantes de veículos de imprensa, ele abordou vários assuntos, como a atualização das portarias que regem o trabalho desenvolvido e o planejamento da agenda para 2022, quando o serviço completa 10 anos de implantação na Baixa Mogiana.
O sistema de emergência e gerenciamento de casos é responsável pelo atendimento de ocorrências variadas no segmento hospitalar que envolvem a população, inclusive com a responsabilidade da transferência de pacientes internados para outros hospitais. A atuação na região abrange as cidades de Mogi Guaçu, Mogi Mirim, Itapira e Estiva Gerbi. As mudanças previstas para o próximo ano, segundo o coordenador, serão adotadas principalmente para melhorar o setor administrativo.
A Central de Atendimento do Samu, localizada no Guaçu, recebe todas as chamadas de ocorrências das quatro cidades abrangidas. A estrutura sofrerá alteração de endereço, para readequação de espaços e utilização de novos equipamentos. Outra mudança significativa será referente à portaria que rege o serviço. No momento o documento enquadra a abrangência considerando uma região de até 350 mil habitantes (Baixa Mogiana), número que deverá crescer a partir do Censo que será realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) no ano que vem.
“Com a mudança da portaria com base na população da região, os profissionais que atuam na corporação também vão aumentar. Serão integrados à equipe mais telefonistas e pelo menos mais um médico regulador”, explicou Martins. Já o atendimento à população seguirá com o mesmo padrão, sem a possibilidade de descentralização da Central de Regulação que opera no Guaçu. Segundo o coordenador, o Consórcio Intermunicipal 9 de Abril, responsável pela regulação do Samu da Baixa Mogiana, gerencia um orçamento que abrange os quatro municípios e “a descentralização acarretaria ao município em questão arcar com todos os custos de operação e atendimento”.
Todas as ligações são centralizadas na base guaçuana e após a telefonista estabelecer as informações como nome, idade, localidade e fato ocorrido, o médico assume o chamado para a conduta do atendimento, direcionando, caso seja necessário, a unidade móvel até o local da ocorrência. “Buscamos sempre que o tempo-resposta, que é o momento em que a pessoa liga até a chegada da unidade para o atendimento, seja o mais rápido possível”, frisou.
Martins também salientou que, principalmente no período mais crítico da pandemia da Covid-19, a chamada ‘telemedicina’ teve significativo aumento no serviço prestado, quando o médico mantém a segurança de oferecer a orientação necessária pela própria chamada telefônica. “Os atendimentos passam pelo telefonista e o médico, muitas vezes, resolve a situação pela própria ligação, passando a conduta a ser feita pelo solicitante. Muitas vezes as chamadas que recebemos são, por exemplo, de uma criança com febre, situação possível de ser orientada pelo telefone”, disse.
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As chamadas possuem horários de pico que variam entre 6h00 e 8h00 e 16h00 às 19h00 e tendem a ser muito dinâmicas. “Pode ocorrer de encavalar os atendimentos e temos que distribuir os recursos de acordo com as maiores urgências”, ponderou Martins. De acordo com as estatísticas do Samu, Itapira é o município com o maior número de ocorrências da região da Baixa Mogiana, mas a estrutura disponível é suficiente para atender a demanda, principalmente pela união de forças das demais corporações de salvamento, como a Defesa Civil de Itapira.
“As corporações atuam de maneira integrada, os serviços de emergência se conversam. Cada um irá atender a sua especificidade. A Defesa Civil tem maior atuação em resgates e o Samu em situação hospitalar”, disse. O Samu da Baixa Mogiana irá completar 10 anos de atividades no dia 12 de março de 2022 e a data comemorativa receberá atenção especial, servindo de suporte para campanhas educativas. “Vamos visar uma melhor orientação à população em como utilizar os serviços de atendimento na área de saúde e segurança”, completou.
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