A estudante Kethelin Matos da Silva, de 17 anos, vem se destacando na equipe de nado sincronizado do Comitê Paraolímpico Brasileiro e recebeu convocação para participar de uma competição internacional agendada para ocorrer de 27 de novembro a 04 de dezembro no balneário de Cancun no México.

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Kethelin é portadora de Osteogenese Imperfecta, doença conhecida também como “ossos de vidro” dada a fragilidade da tessitura óssea dos pacientes. As pessoas mais atentas devem se lembrar que a mãe, Kelly Cristina de Mattos Moreira e o pai, Everson Moreira, chegaram a realizar aqui na cidade uma campanha para garantir a estada da menina em São Paulo, para realizar uma série de procedimentos cirúrgicos de altíssima complexidade na tentativa de ganhar um pouco mais de qualidade de vida.

Diante de seu quadro peculiar, Kethelin frequenta desde bebê a sede, em São Paulo, da Associação de Assistência à Criança Deficiente (a AACD) organização sem fins lucrativos focada em garantir assistência médico-terapêutica de excelência em Ortopedia e Reabilitação, onde permaneceu logo após sua cirurgia por longos 04 meses para realizar seu período de convalescença.

Dona Kelly conta que foi durante suas visitas à AACD que Kethelin travou os primeiros contatos com piscina. Segundo a mãe, trata-se de um recurso indicado e usado na sede da associação para tratamento de pessoas com esse nível de deficiência, reduzindo riscos de queda e atrito. Mais do que isso, foi aí em Kethelin ganhou gosto pelo nado.

Uma fisioterapeuta, colaboradora da AACD que atua também junto ao Comitê Paralímpico e que conhecia de perto o potencial de Kethelin, indicou-a para aprimorar treinamentos na sede do comitê em São Paulo, onde desde fevereiro passou a treinar regularmente às 3ªs e 5ªs feiras.

O treinamento é complementado aqui mesmo em Itapira. A menina treina na Piscina Pública “Paulo Cezar Cescon” no Cubatão, às 2ªs e 4ªs feiras, nunca menos do que uma hora e meia dentro da água. O professor de natação Ricardo Rocha Pereira, que dá expediente no local, elogia o desempenho de Kethelin. “Ela se esforça muito, para suas condições demonstra um excelente desempenho”, elogiou

Pereira disse que Kethelin deve passar por um processo de atribuição de categoria para que possa fixar metas dentro do universo paralímpico. “A partir dessa classificação ela vai encontrar competidoras de um nível melhor”, explicou.

CAMPANHA

Fato é que a menina além de mirar competições individuais, já se firmou como um dos destaques da equipe do nado sincronizado (ParaSincrobr) recebendo convocação para participar do torneio em Cancun no final deste ano.

O problema maior é que o custo da viagem tem que ser bancado pelos pais das nadadoras. Por causa disso, Kelly e Everson estão dando início a uma campanha para arrecadar cerca de R$ 20 mil, suficientes para garantir a viagem da filha e de mais um acompanhante. “Estamos correndo atrás de patrocínio, vamos organizar eventos diversos, tudo o que possa contribuir para que ela viaje”, disse Kelly.

Outro recurso foi abrir uma vaquinha virtual para contribuições em dinheiro, que pode ser acessado pelo endereço: www.vaquinha.com.br/3023060. O telefone de contato da mãe (Kelly) é 9.9266-7084.

Fotos: Tribuna de Itapira

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