A inevitável polarização na disputa presidencial entre os candidatos Jair Bolsonaro (PL) e Lula da Silva (PT) que se adensa na reta final da campanha eleitoral, atrai também uma atenção especial dos eleitores da cidade.

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A ampla vantagem apresentada por institutos de pesquisa, como o Datafolha e o Ipec (antigo Ibope) para o candidato do PT – a ponto dos seus apoiadores cogitarem uma vitória já no primeiro turno – dificilmente terá vez em Itapira, dado o perfil mais conservador demonstrado em outras eleições pela maioria dos eleitores locais.

No primeiro turno das eleições de 2018, por exemplo, enquanto que Bolsonaro liderou a votação com absoluta folga (25.183 votos, ou 65,17% do total), Fernando Haddad, do PT (que nesta eleição disputa o governo de São Paulo), ficou apenas em 4º lugar; atrás de Ciro Gomes do PDT (3.947 votos, total de 10,21%) e do ex-governador paulista Geraldo Alckmin (hoje vice na chapa de Lula), que disputou a eleição presidencial pelo PSDB, obtendo a terceira colocação no primeiro turno aqui na cidade com 3.756 votos, ou 9,72%. No segundo turno a vitória de Bolsonaro foi ainda mais avassaladora, com 30.289 votos (80,20%) contra apenas 7.478 conferidos a Fernando Haddad (19,80%).

O ex-vereador Noé Massari, atual Secretário de Desenvolvimento Econômico da gestão Toninho Bellini, profundo conhecedor do quadro político local, também aposta suas fichas em uma votação expressiva para o candidato do PL. “Minha percepção me diz que o Bolsonaro deverá ter em Itapira cerca do dobro dos votos válidos que serão atribuídos ao Lula, algo em torno de 60% contra 30%. É claro que isso pode não se configurar, até mesmo porque o eleitor típico do PT é mais reservado. Mas se a gente for analisar o histórico de votações que o PT sempre teve aqui na cidade, a tendência é por uma votação mais expressiva do Bolsonaro”, analisou.

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