Realizada no vácuo da campanha “Outubro Rosa”, o Novembro Azul foi criado com o mesmo propósito, mas focalizando um público diferente, o universo masculino. A rigor, ambas são campanhas destinadas à prevenção de duas formas específica de câncer, o de mama e o de próstata.

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A diferença mais perceptível é como são encaradas as duas campanhas. Enquanto o Outubro Rosa mobiliza e chama a atenção (em Itapira especialmente, por causa do ativismo da Associação Pétalas de Rosas) a Novembro Azul passa quase sempre despercebida.

Para a enfermeira Deise Aparecida Cêga Fernandes, Diretora Rede Básica de Saúde, trata-se de um problema cultural que precisa ser enfrentado. “Os homens, diferentemente das mulheres, têm menor inclinação em procurar atendimento médico devido a fatores culturais e ao tipo de educação que recebemos em nossa sociedade”, colocou.

Segundo sua avaliação, esse tipo de comportamento acaba sendo prejudicial, principalmente dentro daquela linha da medicina conhecida como “preventiva”. “Sofrem (os homens) então as consequências desse pensamento, pois buscam ajuda somente quando algum problema já está instalado, muitas vezes dificultando possibilidades de tratamento ou cura”, advertiu.

Deise Cêga coloca que a campanha Novembro Azul se torna uma ferramenta a mais dentro da estratégia da Secretaria Municipal de Saúde para reverter essa tendência que muitas pessoas do sexo masculino apresentam ao negligenciar visitas com regularidade maior aos consultórios médicos.

Deise elencou diversos procedimentos que o serviço municipal de saúde coloca à disposição do público masculino, que vão da aferição de pressão arterial a testes rápidos de DSTs como Sífilis, Aids e hepatites. E disponibiliza também atendimento urológico.

Percepção

Destacou ainda a manutenção de diversos programas de atendimento voltados essencialmente para o público masculino. Disse que a pasta tem usado a campanha Novembro Azul 2022 para ampliar essa percepção de acolhimento, “Melhorando o acesso nas Unidades Básicas de Saúde, desenvolvendo ações inclusivas, nas quais os homens considerem os serviços de saúde também espaço masculino”, reforçando, segundo seu entendimento, que “Cuidar da saúde também é coisa de homem”.

Ações

Ao par desta pegada mais motivacional, a rede municipal, conforme descreveu, se ocupou também de ampliar o atendimento específico para a questão do câncer de próstata, determinando, por exemplo, o aumento das ações já realizadas e inclusão na rotina de atendimento pedido do exame (sangue) PSA para detecção de patologias de próstata.

O exame, conforme esclareceu, será oferecido em consulta com o médico clínico, agendada na UBS próxima a residência, para homens maiores de 50 anos e a menores de 50 anos com histórico familiar de câncer de próstata (pai e irmão). Dentro da estratégia elaborada, os resultados com alteração irão determinar o encaminhamento do paciente para tratamento com especialista do AME (Ambulatório Médico de Especialidades) em Mogi Guaçu.

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