Poucos setores de atividade foram tão afetados pela pandemia como a área do turismo. O isolamento e o distanciamento social feriram de morte atividades como hotelaria, restaurantes, viagens aéreas e rodoviárias. Somente no final de 2021, com a chegada da vacina contra a covid e a flexibilização de algumas medidas, as viagens foram sendo retomadas aos poucos.

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Um ano depois, se a situação não é de “céu de brigadeiro” – como antes da pandemia – pelo menos há indicativos de que o pior já ficou para trás. A reportagem do Tribuna apurou que neste final de ano são muitos os itapirenses que decidiram investir em uma viagem aérea.

Essa movimentação não passou despercebida da consultora de viagens Priscila Coelho, colaboradora da Via Prado Turismo, tradicional empresa do setor de agenciamento de viagens que opera já há 15 anos na rua Francisco de Paula Moreira Barbosa. “Vendemos muitos pacotes de viagem neste final de ano”, revelou.

Priscila avalia que apesar do bom momento, ainda há muito espaço para crescimento, apontando as dificuldades estruturais que impedem que o setor retorne ao mesmo patamar de alguns anos atrás. “Neste ano tivemos, por exemplo, um aumento expressivo no custo do combustível de aviação, que refletiu diretamente no preço da passagem e consequentemente encareceu os pacotes”, comparou.

Dificuldades

Um operador de turismo com atuação aqui em Itapira e cidades vizinhas, que preferiu ter sua identidade preservada, adverte que o setor ainda enfrenta muitas dificuldades. Além da questão do aumento dos custos, ele apontou que o mercado ainda absorve créditos contratados anteriormente à pandemia, daquelas pessoas que pagaram e não puderam viajar.

Segundo esse operador, as pessoas precisam lidar com uma nova realidade, aquela onde os preços promocionais de antes da pandemia já não existem mais. “Esse processo de reacomodação impacta toda a cadeia. Trata-se de um movimento que está apenas começando”, observou.

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