Festas, trocas de presente, ceia de Natal e Ano Novo, muita comida e muita bebida. Esse é o cenário mais comum a cada final de ano na rotina de muitas pessoas. Todo esse comportamento tem, no entanto, um lado pouco visível nas Festas de final de ano, na forma de um maior acúmulo de lixo na porta das residências, quando não, depositados de forma inadequada em calçadas, logradouros públicos e terrenos particulares.

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“Com toda certeza, sem medo de errar, a gente recolhe em volume cerca de 40% a mais de lixo do que um período normal”, afirmou Emerson Modesto, 38, encarregado geral da empresa Clean Max, responsável pelo recolhimento do lixo doméstico aqui na cidade.

A previsibilidade deste quadro, segundo ele, influencia diretamente no planejamento que a empresa realiza, colocando todo o efetivo em regime de plantão permanente, um mini-exército com cerca de 30 colaboradores, entre motoristas, coletores e sem falar nas equipes que fazem a varrição. No tocante a este último serviço, Modesto considera que o trabalho também exige maior atenção no final do ano. “A gente coloca as equipes nas ruas bem cedinho para que os carros que ficam estacionados não atrapalhem a limpeza. E nesse período, as moças trabalham mais”, garantiu.

Modesto defende ainda que a população seja mais racional separando material que pode ser destinado para a reciclagem. A ausência desta iniciativa, segundo ele, causa dois problemas relacionados um ao outro, atrapalhar a coleta seletiva da Ascorsi e favorecer um comportamento inadequado que certos coletores de reciclados exibem ao remexer o lixo em busca de material que lhe interessa, esparramando detritos nas calçadas. “Trabalhamos em parceria com a Ascorsi. Nos dias que o caminhão da Associação sai para pegar o material reciclável separado pela população, não passamos no local com nossa equipe”, comentou.

 O coletor de reciclados Claudio Fernando Vaz, 51, disse que fica atento a esta movimentação. Contou que sai logo cedo com sua carrocinha porque, segundo ele, vai encontrar muito papelão nas calçadas e nas ruas e evita concorrência. “Nessa época do ano não tem erro. É sair e recolher, principalmente papelão e garrafa pet”, informou.

Garrafinhas

O comportamento inadequado de muitas pessoas é observado também pelo servidor municipal Lucas Fagundes, 41, que há 13 anos é responsável pela zeladoria no entorno do Hospital Municipal. “Quando chega dezembro recolho pelo menos 50% a mais de detritos”, contou. Plástico, papel papelão e principalmente garrafas de vidro compõe o rol de materiais que recolhe diariamente. Desta relação, coloca que as garrafas de vidro se tornam “uma praga” aos finais de ano. “Muitas pessoas, infelizmente, não têm consciência nem educação para fazer o simples, ou seja, colocar o lixo no local adequado”, finalizou.

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