Itapira registrou em 2022 um total de 297 acidentes de trânsito não fatais, incluindo ocorrências em vias municipais, rodovias e outros, de acordo com o banco de dados do governo estadual, Infosiga SP (Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito do Estado de São Paulo), disponibilizado pelo programa Governo Aberto SP, um tipo de portal de transparência.

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A quantidade de acidentes do ano passado supera os números registrados dos últimos quatro anos: em 2019 ocorreram 181 acidentes não fatais; em 2020 foram 165; a somatória do ano de 2021 chegou aos 270, bem próximo de 2022, mas mantendo o último ano na liderança do ranking.

Ainda de acordo com os dados fornecidos pelo Infosiga SP, o mês de fevereiro de 2022 foi o mais violento dentre todos os meses de todos os anos desde 2019. No período foram registrados 32 acidentes não fatais. Levando em consideração apenas o ano passado, os demais meses que mais registraram acidentes de trânsito foram setembro, com 28, e maio, agosto, outubro e dezembro, cada um com 27 ocorrências.

Os registros apontam, em um levantamento considerando todos os anos desde 2019, que as tardes de sábados são as que mais tendem a registrar acidentes, sendo contabilizados 66 neste período em Itapira. Outros momentos do dia com alto índice de colisões no trânsito são as tardes de sextas-feiras, com 57 acidentes, seguidos pelas tardes de domingo e quintas-feiras, com 56 ocorrências cada.

As vias municipais, ou seja, as ruas dentro do perímetro urbano do município acumulam a maior parte dos acidentes com 74,04% das ocorrências. As rodovias seguem em segundo com 24,64%. Estradas rurais ficam com 1,31%.

FATAIS

Os dados do portal também possuem registros dos acidentes fatais, aqueles que causam morte de alguma das pessoas envolvidas. Considerando óbitos que ocorreram com até 30 dias depois do acidente de trânsito, diferentemente dos acidentes não fatais, o ano de 2022 foi o menos violento quando comparado com os dados estatísticos desde o ano de 2015.

Foram registrados no ano passado um acumulado de nove mortes no trânsito itapirense, envolvendo as vias urbanas e rodovias, em oito acidentes fatais. Os meses em que os acidentes causaram vítimas fatais foram julho, setembro e novembro, cada mês com uma morte cada. Os meses de maio, agosto e dezembro registraram dois óbitos cada. Um ano antes, em 2021, o acumulado chegou a 14 mortes e os óbitos envolveram oito dos 12 meses do ano: três em fevereiro; duas mortes em cada um dos meses de maio, junho, julho, outubro; os meses de janeiro, março e novembro registraram uma cada.

O ano de 2015, o mais antigo disponibilizado pelo Infosiga SP para Itapira, foi o que acumulou mais mortes no trânsito: 21. Ele é seguido pelo ano de 2018 com 19 óbitos, ano de 2016 que registrou 17 mortes, 2017 com outras 17 pessoas falecidas, 2019 com 15 e 2020 com 14 mortes no trânsito.

O dia da semana com maior quantidade de acidentes fatais se mantém o sábado, assim como o índice de acidentes não fatais. Porém, é o período da noite, e não o da tarde, é o mais violento. Desde 2015, foram registradas 14 mortes no trânsito na noite dos sábados. As tardes de sextas-feiras aparecem em segundo com acumulado de 10 mortes desde 2015.

A motocicleta é o veículo que lidera a quantidade de mortes, seguida pelos automóveis. Ainda de acordo com os dados do Infosiga SP, desde 2015, 49,21% das mortes acontecem no local do acidente. Homens se fazem presentes em 82,54% das fatalidades. O condutor representa 69,05% das mortes e nos últimos anos a maioria das vítimas está nas faixas etárias de 18 a 24 anos e 30 a 34.

MUDANÇAS

Assim como informado em reportagens anteriores, o Departamento de Trânsito de Itapira anunciou a implantação de alguns dispositivos na cidade, visando diminuir a ocorrência de acidentes de trânsito e também trazer mais segurança para os pedestres. As mudanças incluem semáforos defronte à Praça Mogi Mirim e Igreja de Santo Antônio, faixa elevada na Rua XV de Novembro, lombada na Campos Sales e controlador eletrônico de velocidade na 24 de Outubro, Avenida Vereador David Moro e Rua Antônio Puggina.

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