Autoridades médicas lançaram nesta semana que se encerra um alerta a respeito da maior incidência de casos de enfarte no período que compreende outono e o inverno. Conforme aponta um estudo conduzido pelo médico cardiologista Luiz Antônio Machado César, autoridade vinculada à Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP), quando a temperatura fica abaixo dos 14 graus positivos, a possibilidade de ocorrência de um enfarte cresce 30%.
Segundo o mesmo estudo, são vários os fatores que ajudam a explicar o fenômeno, sendo o principal deles, uma associação entre o fenômeno, e a maior incidência das doenças respiratórias que se manifestam com maior regularidade neste período do ano, causadas por ação de vírus, como é o caso da gripe. Conforme relatou o especialista, um quadro de ação viral pode ocasionar uma resposta mais exacerbada do organismo, provocando o rompimento de um tipo de placa existente nas artérias, gerando a formação de coágulos que por sua vez ocasionam entupimento destas artérias.
O estudo vem a confirmar aquilo que muitos especialistas já percebiam na prática. O cardiologista João Carlos de Oliveira, 77, entre aqueles que militam na área a mais tempo em Itapira, disse concordar “Em número, gênero e grau” com os resultados do estudo. Ele disse que conhece e acompanha o trabalho do coordenador do estudo, também em sua atuação junto ao INCOR (Instituto do Coração) em São Paulo. Em sua avaliação, Oliveira acredita que os resultados do Estudo farão com que os cuidados que já vinham sendo mantidos na observação de pacientes com histórico de doenças cardiológicas durante os dias mais frios, sejam intensificados ainda mais.
O estudo foi objeto de atenção também na rede municipal de saúde. O médico Marcelo Cesto, um dos coordenadores da área médica do Hospital Municipal avaliou que a alerta é oportuno, reforçando a importância das políticas de prevenção. Mesma opinião exprimida por um médico infectologista, que pediu para ter a identidade preservada.
Segundo esse profissional, o estudo deve ser levado em consideração para reforçar a campanha de vacinação contra a gripe, e também contra a covid. “O negacionismo continua em alta e isso pode ser observado na queda da cobertura vacinal contra a gripe, realizada sempre neste período do ano. O total de pessoas imunizadas vem caindo ano a ano nos diversos grupos prioritários, idosos entre eles”, advertiu.
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