Após a escalada do preço da carne, que assustou os brasileiros e derrubou o consumo, um novo componente essencial na mesa de muitos brasileiros, tem chamado à atenção por causa dos aumentos contínuos: os ovos. O produto, que até cerca de um ano custava em torno de R$7 a dúzia, teve um salto de até 30%, conforme a marca.

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Os consumidores procuram se defender fazendo comparação de preços e buscando as promoções. Curiosamente, nesse período, algumas granjas começaram a investir em embalagens com dez ovos, que acabou sendo ironicamente batizada de “dúzia de 10”.

A confeiteira Mariah Francisco, conta que utiliza em média 150 ovos por semana. Quando notou que os preços estavam subindo, disse que a forma de “se defender” foi procurar fornecedores no atacado. Contou ainda que não pode se dar ao luxo em fazer grandes estoques devido às dimensões do apartamento onde mora no conjunto Morada Nova. “E também não é qualquer tipo de ovo que utilizo. A qualidade é fundamental para o tipo de atividade que exerço”, pontuou.

A comerciante Karina Pires Grossi, com cerca de 30 anos no mercado, acredita que a tendência de alta esteja se enfraquecendo e prevê que em breve haverá queda no preço por causa de uma maior oferta. Ela que atende na Central de Abastecimento da Avenida Virgolino de Oliveira, lembra ainda que os ovos seguraram a onda do aumento do preço dos alimentos durante a pandemia. “O ovo demorou para subir durante a pandemia. Foi um dos poucos produtos que o preço ficou no mesmo patamar. Porém, quando subiu, foi uma alta brusca e isso assustou o consumidor”, ponderou.

O atacadista José Aparecido Peraro, da Itaovos, com 25 anos de experiência no mercado, disse que os preços têm subido conforme cresce a demanda. “É a lei da procura e da oferta”, asseverou. Ele explica que os fornecedores alegam o aumento do custo de produção, notadamente, a ração (feita à base do milho) e também a energia elétrica, utilizada em larga escala dentro das granjas.  “Eu simplesmente repasso o preço, senão não tem como trabalhar”, disse.

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