Eu sua visita feita a nossa região no sábado passado, dia 12, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, disse ao ser questionado pelo TRIBUNA DE ITAPIRA durante entrevista coletiva que concedeu ao final de sua participação na inauguração das obras de restauro realizadas na Rodovia Carmen Ruete de Oliveira, que não cogita conceder o trecho de quase 22 quilômetros à iniciativa privada. “Isso não está sendo considerado no momento”, foi o que ele respondeu.

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Por outro lado, Tarcísio, ainda respondendo a questionamento dirigido pelo jornal TRIBUNA DE ITAPIRA, afirmou que seu governo pretende retomar o processo de privatização de rodovias, apontando o biênio 2024/2025 como o período onde um novo formato deverá ser colocado em prática. “O fato de São Paulo possuir a melhor malha rodoviária do país, passa necessariamente, pela parceria com a iniciativa privada”, ponderou.

Segundo o governador, o novo projeto que pretende levar a cabo nos próximos anos vai primar pela transparência em investimentos “Que tragam novas tecnologias em benefícios dos usuários”. O tema é particularmente caro ao atual governador.

Durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, Tarcísio de Freitas foi Ministro da Infraestrutura, e ganhou fama de “tocador de obras”, virtude que acabou sendo preponderante para que fosse indicado pelo próprio Bolsonaro, como seu candidato ao governo do estado mais rico e influente do país – apesar de ser natural do Rio de Janeiro.

Isolamento

O assunto é particularmente caro a muitos itapirenses, especialmente aqueles que fazem transporte escolar entre Itapira e Mogi Guaçu. Um deles, que pediu anonimato, disse que já durante o processo de recuperação da rodovia foi espalhado um boato de que a rodovia receberia uma praça de pedágio. “Em um trecho, foi feita uma intervenção, um recuo, que foi interpretado na época como local onde seria instalado a praça de pedágio. Felizmente não passou de boataria”, comentou.

Caso, futuramente, o governo estadual entenda que a SP- 177/342 (denominação técnica da rodovia) é um ativo para ser colocado dentro de um programa de concessão, essa decisão representaria o isolamento da cidade com relação a rodovias sem pedágios, uma vez que no outro extremo, na ligação Mogi Mirim- Itapira, desde 2000 existe a praça de pedágio, que obriga motoristas a pagarem “tarifa cheia” (hoje custando R$ 9,90), por exemplo, para deslocamento de pouco mais de 10 km  até Mogi Mirim, tanto na ida como na volta.

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