Um assunto tem viralizado na comunidade esportiva aqui na cidade, desde que a fisioterapeuta Taís Helena Modesto, que atua na equipe feminina de Handebol da equipe da Secretaria Municipal de Esportes, tornou público que luta contra um câncer de mama.

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Taís, de 32 anos, mãe de Apolo (de 3 anos) teve confirmada a existência de um nódulo em um dos seios ainda no final do primeiro semestre deste ano. O fato de trabalhar em dois hospitais de Mogi Guaçu (cidade para onde se mudou já há algum tempo) a Santa Casa e o Hospital Municipal, fazia com que estivesse sempre atenta à necessidade de realizar autoexame, e foi em uma destas oportunidades, que percebeu algo diferente.

Imediatamente, procurou ajuda médica e a realização do exame de mamografia a colocou no rol das cerca de 68 mil pacientes anuais de câncer de mama no país. Taís disse que a experiência profissional foi preponderante para que examinasse a situação, encarando com realismo o tratamento com quimioterapia (seis sessões a partir de maio) e a realização da mastectomia.

Teve início, concomitantemente, a formação de uma rede de solidariedade muito comum nestas situações, indispensável para manter a autoestima em dia. Amigos, colegas de trabalho, familiares, enfim, encontrou ombro amigo nas mais diversas situações. “O recado foi claro: não se abater, não me entregar jamais. Foi desta forma que passei a encarar as coisas”, afirmou.

Mas, faltava, conforme segredou em conversa telefônica com o TRIBUNA, resolver a questão com a equipe de handebol, onde atua há 14 anos como goleira. Chegou para o experiente treinador Fábio Sartori (o Espaguete) e abriu o jogo. “Disse a ele que queria manter minha rotina de treinamento dentro daquilo que fosse possível”. A atleta intuiu que era uma forma de manter-se ocupada com iniciativas que espantassem o baixo astral.

Precedente

Falando com a reportagem, Sartori revelou que ele e toda a equipe receberam a notícia com resignação. “Num primeiro momento, todos nós calculamos que teríamos uma a menos. Mas, felizmente, as coisas evoluíram de uma forma surpreendente, com a Taís manifestando seu desejo de continuar os treinamentos, dentro daquilo que era humanamente suportável”, descreveu.

No seu caso particular, Sartori já havia lidado com um precedente dentro da própria casa quando a esposa Carla passou pela mesma situação e ficou totalmente curada. A esposa, segundo ele, colaborou no processo de dar uma injeção de ânimo na colega. O técnico explicou que tudo foi sendo resolvido com base na estrita orientação médica e acompanhamento de exames clínicos.

“Eu treinei no limite da fadiga. Quando percebia que havia atingido esse limite, parava. Mas não tem como negar que esse esforço, esse contato muito próximo com uma atividade pela qual sou apaixonada, me ajudou muito nesse processo inicial de tratamento”, comentou a moça.

A boa notícia é que o tratamento inicial tem se mostrado bastante promissor, deixando Taís ainda mais confiante para “o segundo tempo” deste jogo de superação, com a certeza de que não haverá “prorrogação”. Ela e todas as pessoas que a cercam estão convictas que dentro de mais algum tempo, tudo estará de volta à sua rotina normal, curtindo ainda com mais intensidade elementos valiosos na vida como o filho a família, os amigos e é claro, defender sua equipe dentro das quadras.

“É até difícil definir a importância que a Taís tem para todo o grupo, pela liderança, pela experiência, por encarnar como nenhuma das colegas esse espírito de competição, de que querer vencer, de dar tudo de si, qualidades que não tenho dúvida, a ajudam a superar esse momento tão delicado. Nós confiamos em seu pleno restabelecimento e aguardamos pelos eu retorno”, completou Fábio Sartori.

Taís Helena Modesto – “não me entregar jamais”
Equipe do Handebol reunida

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