A cada final de ano, as mangueiras espalhadas pela cidade deixam sua marca em terrenos públicos e particulares. São diversas espécies, cujos frutos que amadurecem neste período, deixando um aroma inconfundível espalhado no ar. Em Itapira, algumas delas tem a fama de serem centenárias.

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É o caso de uma localizada no cruzamento da rua Rua XV de Novembro com João Manoel. Imponente, a mangueira é da espécie “espadinha” conforme a classificou o aposentando Claudio Ochini, 74, o proprietário do imóvel onde está localizada a árvore. Claudio contou que ela já era uma mangueira adulta quando por volta de 1932, o avô, Fiorello Ochini adquiriu um sítio naquele trecho do bairro São Vicente, que por sinal, figura entre os mais arborizados de toda a zona urbana de Itapira.

“Desde que me conheço por gente essa mangueira tem esse tamanho e essa proporção”, orgulha-se o proprietário. Ele faz questão de lembrar que embora esta seja a maior, tem ainda outras mangueiras (manga coquinho e “espadona”) dentro da propriedade com área estimada de 5 mil m², onde cultiva outras variedades de frutas como jabuticabeiras e bananeiras. O pomar, funciona ainda como atrativo que favorece uma espécie de hobby contemplativo que o proprietário faz questão de cultivar: a presença de pássaros. “Aparece de tudo, sabiá, joão de barro, assanhaço, rolinhas e até canarinhos”, listou.

Durante conversa com a reportagem do TRIBUNA, Claudio disse que manter a mangueira em pé tem também seus desafios, como por exemplo, quedas de galhos e mesmo dos frutos no telhado, obrigando-o a fazer reparos com uma certa frequência. Contou ainda que antigamente, principalmente crianças passavam pelo local e tacavam pedra na mangueira na expectativa de derrubar um fruto do lado de fora. “Nunca neguei em dar uma para que pedia”, garantiu.

Fruta chegou ao Brasil trazida da Ásia

Originária de países do sul e do sudeste asiático, a introdução das mangueiras no Brasil teve início a partir do século XVII na região norte, mais especificamente em Belém, capital do estado do Pará. Estima-se que a árvore já existia a cerca de 4 mil anos, na Índia e em Bangladesh. Os colonizadores portugueses introduziram a manga também nas costas leste e oeste da África antes de trazê-la ao Brasil. Um pouco mais tarde, os espanhóis levaram a árvore para o México, de onde chegou até a Flórida (EUA). Acredita-se que atualmente a manga seja a fruta fresca mais consumida em todo o mundo.

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