O dia 21 de março assinalou a passagem do Dia Internacional da Síndrome de Down, que acomete dezenas de itapirenses, a grande maioria, recebendo cuidados especiais da APAE e da Associação Down de Itapira (ADI). Ambas as entidades atendem atualmente 48 pessoas portadoras, com idade variada, 10 na APAE e 38 na ADI.
A aposentada Maria Eunice Rossi de Andrade, da direção da ADI e nome profundamente identificado com a causa dos downs na cidade, informou que existe um trabalho sendo feito com mediação do Conselho Municipal de Defesa da Criança e do Adolescente (CMDCA), para se chegar a um número preciso a respeito de quantos são os portadores da Síndrome aqui na cidade.
Durante visita feita nesta semana à sede da ADI, dona Eunice, acompanhada da psicóloga Tharissa Martins de Oliveira, recebeu a reportagem do TRIBUNA DE ITAPIRA para falar da passagem do dia 21 de março.
Ambas informaram que a pretexto da passagem da data, havia sido programado um passeio na praça Bernardino de Campos no período da manhã, para comer pastel na tradicional Pastelaria Kashiba e no período da tarde, aquelas pessoas atendidas que não estavam em período de aula, iriam participar de uma atividade no Colégio Objetivo.
Tharissa explicou que convites deste tipo tem sido frequentes e não somente por causa da data comemorativa. “É comum recebermos convites para participarmos de eventos em escolas. No ano passado estivemos nas escolas estaduais Júlio Mesquita e Cândido Moura”, ilustrou.
Música
A ADI é uma das entidades pioneiras na cidade a receber atenção do projeto de musicalização Viva a Música, da Banda Lira Itapirense. Dona Eunice segreda que o projeto aportou na ADI já há uma década e tem sido muito importante na tarefa de socialização destas pessoas. “Eles adoram se apresentar fora da entidade”, reforçou Tharissa.
O TRIBUNA quis saber como funciona o processo de inclusão escolar, que atualmente inclui pelo menos 9 alunos atendidos pela ADI, em diversas escolas. Tharissa explica que essa exigência é fruto do aprimoramento da Legislação ao longo dos anos e que cabe aos poderes públicos cumprirem, disponibilizando, por exemplo, profissionais com formação especializada neste tipo de atendimento. O mesmo procedimento vale também para os autistas.
Questionadas a respeito da reação dos demais alunos à presença de uma pessoa com necessidades especiais em suas classes, Tharissa e Eunice informam que ela tem sido a melhor possível. “Não tivemos nenhum registro de resistência por parte dos alunos das escolas onde nossa clientela é atendida. Muito pelo contrário. O que se vê é o despertar de um sentimento de solidariedade que acaba contagiando a todas as pessoas. Todo mundo quer ajudar de alguma forma”, completou Tharissa.
Fotos Paulo Bellini/Tribuna
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