Valorizar e aumentar a autoestima das pessoas que estão na melhor idade. Esse é o objetivo de um bonito projeto que vem sendo colocado em prática pelo S.O.S. (Serviço de Obras Sociais), instituição itapirense que promove atividades que contribuem no processo do envelhecimento saudável.
O “Mais de Mim” surgiu após a equipe do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculo (SCFV) identificar que alguns dos assistidos demonstravam algumas questões que envolviam baixa estima em relação ao corpo e as suas capacidades físicas, como também uma incapacidade de enxergar valor na fase da vida em que se encontram.
Na prática, o projeto conseguiu proporcionar um resgate à autoestima com a realização de um ensaio fotográfico, que serviu como uma importante ferramenta para desenvolvimento das demandas identificadas. As mulheres foram as protagonistas de todo o trabalho. Elas puderam se maquiar, escolher assessórios que iriam utilizar e até definir qual posição que seriam fotografadas, momento o qual puderam descobrir uma nova visão sobre elas mesmas, diferente daquele olhar de rotina que muitas vezes é atravessado por desafios de uma vida toda.
O ensaio foi realizado no Parque Juca Mulato, com uma contribuição voluntária da fotógrafa Talissa Lopes. “Vi nelas uma oportunidade de fazê-las se sentir mais que especial nesse dia. Com muito amor, carinho e respeitando os limites de cada uma delas. Para mim foi muito gratificante”, disse Talissa.
Após o ensaio, além das senhoras relatarem ter sido um momento de muita diversão, as mesmas contaram como foi especial para elas se olharem maquiadas, com um adereço, os quais por muitas vezes o pensamento que se enraizava era o de que “estavam velhas demais para isso” ou “tristes demais para ter tempo de pensar em se arrumar”.
Segundo a psicóloga do S.O.S, Mariana Castro, “o envelhecimento envolve a finalização de alguns ciclos e a adaptação a novos limites, psíquicos e corporais, o que por consequência acaba afetando e distorcendo a compreensão de auto valia, pertencimento, auto imagem, além de uma série de desafios em relação a própria identidade. O projeto vai de encontro a essas situações que precisam ser mudadas”.
De acordo com a Coordenadora do S.O.S., Juliane Marisa Franco Gerolin, “a instituição tem a intenção de continuar o desenvolvimento do projeto e potencializar cada vez mais o desenvolvimento de cada uma das assistidas, no fortalecimento de autoestima e protagonismo”.
Algumas fotos foram disponibilizadas para as “modelos do SOS” e a equipe do SCFV, composta também pela educadora Social Cristiane de Oliveira e a assistente social Michele de Oliveira, compartilharam o quanto foi emocionante ver as mulheres assistidas tendo admiração por um resultado que “não há nada mais do que elas mesmas, carregadas de histórias que merecem respeito, admiração e muitos registros”.
Fotos Talissa Lopes
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