A Escola Estadual ‘Benedito Flores de Azevedo’ se movimenta para realizar a partir do início de agosto, um processo de consulta para a comunidade escolar decidir se concorda, ou não, com a adesão ao programa de Escola Cívico-Militar que vem sendo implantado pelo atual governador Tarcísio de Freitas.
A unidade escolar foi a única da cidade a atender um edital de convocação publicado no dia 18 deste mês para que as diversas comunidades escolares opinem sobre a implantação do modelo partir de 2025 na rede pública estadual. No total, segundo informou a assessoria de comunicação da Secretaria de Educação, 302 escolas mostraram interesse, cerca de 6% das estimadas 5.000 escolas estaduais espalhadas por todo o Estado.
Entre elas, seis pertencem ao raio de influência da diretoria de ensino de Mogi Mirim: duas de Mogi Mirim (São Judas Tadeu e Altair Poletine); duas de Mogi Guaçu (Padre Armani e Roberto Antonialli); uma de Conchal (Jardim Bela Vista) e a Benedito Flores de Azevedo, de Itapira. A previsão é de 45 escolas deem a largada no projeto em 2025. Consultada, a direção da escola informou que somente a Secretaria de Educação está autorizada a informar detalhes do processo de adesão.
Segundo apurou O TRIBUNA DE ITAPIRA, o processo de consulta, estabelecido e detalhado no artigo 8º da Lei 1.398/2024 que institui o novo programa, terá início a partir da próxima semana.
Conforme a nova Lei, ficam estabelecidas algumas condições para que a adesão seja formalizada; como aprovação pela comunidade escolar, índice de vulnerabilidade social, índice de fluxo escolar e índices de rendimento escolar. O artigo 9º define os termos para aquelas unidades que não podem reivindicar a transformação, como por exemplo “ofertar ensino noturno e ter gestão compartilhada entre Estado e Município”.
Segundo documento obtido pelo TRIBUNA, participarão da consulta pública toda comunidade escolar, incluindo pai, mãe ou responsável legal pelos alunos menores de 16 anos, alunos com mínimo de 16 anos, professores e demais funcionários da unidade. A decisão tem que ser por maioria absoluta. As escolas estão orientadas a usarem de diversos expedientes para envolver aos pais na discussão, como reuniões presenciais e uso de ferramentas digitais.
Esse processo de discussão, segundo informou a Secretaria de Educação, deve ocorrer inicialmente no período de 1 a 15 de agosto, uma segunda consulta, caso necessário, de 20 a 22 de agosto e se ainda assim o processo apresentar problemas, a unidade tem até o dia 26 do mesmo mês para solicitar um prazo adicional.
Ensino Integral
Ainda de acordo com uma pessoa familiarizada com o dia a dia da escola Benedito Flores de Azevedo, esse processo de consulta será facilitado pelo know-how adquirido ao longo de oito anos de escola em tempo integral. “Esse processo (de implantação do Programa de Ensino Integral) também foi decorrente de consulta à comunidade escolar. Ao longo destes anos todos, houve o fortalecimento dos vínculos entre a escola e a comunidade, de forma que acredito que não haverá dificuldade na condução deste processo de consulta”, disse o observador, que pediu anonimato.
O fato de possuir instalações que permitam realização de atividades no contraturno e estar localizada em uma área com problemas sociais, pode ajudar a escola no processo de seleção. Um ponto negativo é o total de alunos. Atualmente a Benedito Flores possui pouco menos de 400 estudantes matriculados do 6º ano do ensino fundamental e todo o Ensino Médio. Uma das premissas da nova lei é que as escolas com pelo menos 400 alunos tenham prioridade na escolha.
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