Já está em vigor desde quinta-feira, 1, a nova bandeira tarifária na conta de luz, chamada de bandeira de escassez hídrica, segundo estabelecido pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). A taxa extra será de R$ 14,20 para cada 100 kilowatt-hora (KWh) consumidos e permanece até abril do ano que vem.

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O novo patamar representa aumento de R$ 4,71, cerca de 50%, em relação à bandeira vermelha patamar 2, até então o maior, no valor R$ 9,49 por 100 kWh. A decisão foi tomada em meio à crise hidrológica que afeta o nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas, principal fonte geradora de energia elétrica no país.

De acordo com o governo federal, é a pior seca em 91 anos. Com as hidrelétricas operando no limite, é preciso aumentar a geração de energia elétrica por meio de usinas termoelétricas, que têm custo mais alto. O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, salientou que as medidas são suficientes para garantir a oferta.

“Nós trabalhamos para ter a oferta suficiente para a demanda de todas as unidades consumidoras no país. Estamos presenciando a maior seca que o país, o Brasil, já passou. E isso com reflexos na capacidade dos nossos reservatórios das usinas hidrelétricas”, afirmou.

Segundo a Aneel, mesmo com o reajuste recente das bandeiras tarifárias, incluindo a criação do patamar 2 da bandeira vermelha, em junho, a arrecadação extra para custear o aumento da geração de energia segue insuficiente. O déficit na conta de bandeiras tarifárias está em R$ 5,2 bilhões. Além disso, o Brasil precisará importar energia de países vizinhos, ao custo de R$ 8,6 bilhões.

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