Desde a semana passada o uso de máscaras como forma de proteção e combate a Covid-19 deixou de ser obrigatório, sendo optativo em diversas situações. No último dia 18, o prefeito Toninho Bellini (PSD), assinou decreto municipal que libera o cidadão da medida em espaços públicos, abertos e fechados, mas mantém a obrigatoriedade do equipamento de proteção individual em: locais destinados à prestação de serviços de saúde, como hospitais, consultórios, unidades de saúde e farmácias; e em meios de transporte coletivo de passageiros. A decisão acompanha a determinação do governo estadual. A reportagem do jornal Tribuna conversou com alguns itapirenses sobre o que eles acham dessas novas regras, e a medida divide opiniões.

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A psicanalista, Maria Aparecida Fernandes de 73 anos, afirmou que ainda não se sente segura para frequentar os ambientes sem máscara. “Eu acho que ainda não é o momento de deixar a máscara, eu faço uma advertência muito séria de que eu acho que as pessoas devem continuar se cuidando e é por isso que eu ainda estou usando a máscara”, alertou.

Para a aposentada, Maria Antonia Simonetti Belinelo, 68 anos, que contraiu a doença no mês passado, a decisão do governo, de desobrigar o uso de máscaras, é muito precoce. “Eu continuo usando para gente ficar protegido, porque eu tive Covid-19 e sofri muito, eu não fiquei internada porque já tinha tomado as vacinas, mas eu tive bastante reações, foi muito ruim. A vacina é uma benção. E eu acho que deveria continuar sim usando as máscaras, acho que foi errado o governo ter tirado já, teria que esperar mais um pouco”, relatou.

Rafaele Caroline Pedroso, estudante de 14 anos, considera que o uso obrigatório é difícil, porém necessário, pois a situação ainda inspira cuidados. “Eu e minha família sempre usamos. Concordar com a determinação a gente não concorda, porque estamos numa situação difícil ainda. As mortes (por Covid-19) ainda não pararam. Mas realmente é complicado usar máscara, as vezes tira, abaixa, porque é desconfortável ficar usando toda hora, mas concordar (com a liberação) eu não concordo”, disse.

Já, o pedreiro, José Luis Ferreira Ramos, 53 anos, considera que a liberação do uso de máscaras foi uma medida necessária. “Eu estava usando, mas agora no momento, eu já não queria mais usar na verdade, porque eu tenho pressão alta, isso me deixa ofegante. Então fica difícil a respiração da gente que tem esse problema. Eu prefiro não usar, usava pela exigência mesmo. Não dá para você ficar num mercado, numa loja, numa sala de espera com máscara no rosto, muito difícil”, admitiu.

Em Itapira a obrigatoriedade do uso de máscaras em locais públicos se tornou vigente em 04 de maio de 2020, quando na época, o prefeito José Natalino Paganini editou decreto obrigando os cidadãos a usarem a peça como forma de prevenção ao Covid-19. Naquele mês Itapira contava com 19 positivados da doença e três óbitos.

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