A tarifa de água e esgoto de Itapira passará por um reajuste de 15,57% que deve passar a valer, segundo determinado, a partir de maio. A medida ficou estabelecida durante reunião do Conselho de Regulação e Controle Social (CRCS), realizada na segunda-feira, 24, na Prefeitura. Neste ano de 2025, o itapirense já está pagando o IPTU 7% mais caro, após aumento determinado pela gestão de Toninho Bellini.

Segundo a Prefeitura, o reajuste da taxa de água e esgoto foi estabelecido pela Agência Reguladora dos Serviços de Saneamento das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (ARES-PCJ). Conforme consta na publicação do Diário Oficial de quarta-feira, 26, o SAAE “solicitou a revisão das Tarifas de Água e Esgoto e dos Preços Públicos dos Demais Serviços prestados”.
A Prefeitura informou que a medida permitirá que o SAAE amplie sua capacidade de investimento no abastecimento e saneamento de Itapira, garantindo a execução de projetos essenciais, como a desidratação do lodo da Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) – que está no momento sem ter a licença de funcionamento renovada pela Cetesb.
Com a revisão, o valor mínimo para consumo de até 15 m³ (15.000 litros) mensais passará de R$ 35,74 para R$ 43,48, um acréscimo de R$ 7,74. O reajuste ocorre após cinco anos de congelamento da tarifa, período no qual a inflação acumulada ultrapassou os 30%, fazendo que o percentual aplicado seja inferior à defasagem causada pelo aumento geral dos custos operacionais.
Durante a reunião, foi apresentado o Parecer Consolidado ARES-PCJ nº 08/2025 – DFB, que detalhou os estudos financeiros e contábeis, bem como os investimentos necessários para a manutenção e melhoria dos serviços. A análise demonstrou que o percentual de reajuste de 15,57% estaria abaixo da inflação acumulada no período e considerou a necessidade da cobrança integral da tarifa de esgotos, uma vez que o custo operacional do sistema de esgotamento sanitário é significativamente maior do que o do abastecimento de água.
A tarifa de Itapira para a faixa mínima está abaixo de cidades como Mogi Guaçu (SAMAE): R$ 57,04 e Mogi Mirim (SAAE): R$ 67,02. De acordo com a nova legislação federal, a tarifa social passará a ser integrada ao sistema do Cadastro Único (CadÚnico) e com essa mudança deverá ocorrer inclusão de mais famílias, garantindo o benefício de 50% de desconto para famílias de baixa renda na primeira faixa de consumo (até 15 m³), conforme os critérios estabelecidos.
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