Oriundo de Campinas, há cerca de dois meses chegou à localidade de Eleutério o pedreiro Emerson Valério Correia, 33 anos. Com a mulher e um filho, ficou residindo em uma das casas da fazenda Nossa Senhora do Carmo, que está abandonada, e se apresentou com o nome de “Marcinho”. Essa residência ficava próxima onde o lavrador João Alves Rodrigues, 35 anos, residia.

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Na noite do sábado, 10, Correia, a mulher e Rodrigues deslocaram até a casa onde outro morador (testemunha) da localidade reside, passando a tomar cerveja. Em determinado momento, segundo informações policiais, Rodrigues se desentendeu com Correia e os dois saíram do imóvel. Depois de 10 minutos, Correia retornou sozinho.

Por volta das 11 horas de segunda-feira, Rodrigues foi encontrado pela testemunha, morto em um terreiro de café. Preliminarmente foi apontado que dois golpes de facão tiraram a vida do lavrador. Porém, exames do IML registraram que o ferimento acima do olho direito foi confeccionado por um golpe de pedra, enquanto que no pescoço foi à faca, atingindo a artéria, provocando a morte.

Anderson Lenhari conversa com o delegado Dalton; elucidação rápida do crime

INVESTIGAÇÕES E PRISÃO

Após a remoção do corpo do lavrador do local do crime, o investigador Anderson Lenhari, do SIG, iniciou contatos. Primeiramente foi com a testemunha e, depois, manteve conversas com moradores do bairro.

Na terça-feira (20), por volta das 10 horas, Lenhari e o investigador Carlos Verdelli, retornaram à fazenda, onde manteriam contato novamente com a testemunha, pois iriam apresentar à mesma fotografias de dois suspeitos. Quando caminhavam por uma trilha, Verdelli encontrou uma carteira. Nela continha o RG de Correia e um cartão de crédito. Primeiramente ocorreu a conversa e, depois, foi apresentado o RG à testemunha, que informou tratar-se de “Marcinho” e que o mesmo havia saído da propriedade com a mulher e o filho.

À testemunha os investigadores revelaram a verdadeira identidade do pedreiro. Lenhari e Verdelli receberam informações de que a família havia deixado o bairro no circular e estariam, provavelmente, na rodoviária. Rapidamente os investigadores retornaram para a cidade e encontraram Correia sentado em um banco da rodoviária, com passagem comprada para deslocar até Campinas. Detido, ele foi encaminhado até a presença do delegado Dalton David Ferreira que, com apoio de integrantes da Dise e DIG de Mogi Guaçu, que deslocaram até Itapira, tomaram o depoimento do acusado, bem como promoveram vários questionamentos, o que fizeram o pedreiro confessar o assassinato, informando que não havia roubado a moto da vítima, apenas a retirou do local.

Na tarde da mesma terça-feira, as unidades, juntamente com Ferreira, retornaram à fazenda, onde mantiveram novo contato com a testemunha, bem como Correia mostrou o local onde escondeu a Titan do lavrador, que foi entregue à familiares da vítima. Na oportunidade do depoimento, Correia não apresentou motivos plausíveis que o levaram a tirar a vida do lavrador, apenas argumentando que houve desentendimentos entre ambos. Também disse que não usou faca, apenas uma pedra, que também não foi encontrada, pois ele jogou em uma ribanceira de difícil acesso.

Depois dos depoimentos, Dalton Ferreira solicitou a prisão temporária de Correia, que foi expedida pela Justiça da Comarca. Por volta das 19 horas de terça-feira, ele foi conduzido ao 2º DP de Campinas, onde permanecem presos com prisões temporárias. Embora tenha escondido a morte, Dalton entendeu que não houve roubo do veículo e, com isso, o pedreiro irá responder por homicídio.

Fotos: Tribuna de Itapira

Correia confessou o crime e disse que houve desentendimentos

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