Acusados de latrocínio – roubo seguido de morte -, Keverson Alex do Carmo e Silva, 20 anos, e Cassiano Matheus Motta, 21, foram condenados a 30 anos de prisão pela juíza Vanessa Aparecida Bueno, da Primeira Vara da Comarca. Os dois foram responsáveis pela morte do taxista Sebastião Luiz Rogatto, então com 67 anos, ocorrida na manhã de 14 de maio do ano passado, no bairro do Machadinho. Após investigações da equipe do SIG, Motta e Silva foram presos em 3 de junho daquele ano na cidade de Pouso Alegre. Ambos eram mudos e surdos, mas, sabiam ler e escrever e confessaram o crime na escrita. Os advogados Aimberê Pavezzi Dantas e Luiz Otávio Carvalho deverão recorrer da sentença. A decisão da Juíza Vanessa Aparecida Bueno saiu e, fevereiro, mas somente esta semana se tornou pública à imprensa.

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O CRIME

Pouco antes das 8 horas daquela quinta-feira, 14 de maio, Rogatto estava no ponto da rodoviária e foi solicitado por dois indivíduos para realizar uma “corrida”. A vítima e os assassinos deixaram o logradouro no veículo Ká, Classic, na cor gelo (nem branco nem cinza), cujo rumo os outros motoristas que presenciaram a solicitação não souberam precisar. Da rodoviária os meliantes fizeram com que Rogatto deslocasse até o bairro do Tanquinho, onde o motorista, seguindo a estrada, adentrou em local sem saída, ao lado do “sítio do Chicão Soares”. Naquele local, apoderando-se de uma faca – tipo peixeira -, os assassinos desferiram vários golpes contra Rogatto que, na sequência, foi jogado para fora do carro. Um dos agressores assumiu a direção do Ká e saiu em ré, conforme detalhes colhidos junto a moradores próximos que, ao notarem o corpo da vítima, tentaram entrar em contato com as unidades policiais, bem como o Samu, mas a telefonia celular naquela região era precária. Porém, a Guarda Municipal chegou a ser informada do ocorrido cerca de uma hora depois, com os GMs da Patrulha Rural, Carmona e Narciso, deslocando ao Machadinho. Agentes do Samu também estiveram na localidade, onde constataram o óbito do taxista. A Polícia Civil foi comunicada, com os investigadores Daniel e Carlos Verdelli deslocando para o Tanquinho. O trecho foi isolado para trabalho pericial. Ao lado do corpo de Rogatto, mais precisamente próximo a seus pés, estava a faca usada no crime, bem como um aparelho celular. Outro aparelho estava no bolso da vítima.

INVESTIGAÇÕES

Na tarde da mesma quinta-feira, Daniel e Verdelli iniciaram diligências e mantiveram contato com vários motoristas e pessoas que presenciaram quando Rogatto deixou o ponto da rodoviária e saiu com os dois homens que acabaram tirando sua vida. Segundo o apurado pela reportagem na ocasião, as investigações estavam em fase adiantada e a polícia somente não tinha os nomes dos suspeitos, mas tinha conhecimento para onde seguiram após o crime, levando o Ká da vítima. Passados 18 dias do assassinato do taxista Rogatto, o veículo Ford Ka, foi localizado. O investigador Daniel recebeu comunicado da Polícia Militar de Pouso Alegre, informando o encontro do veículo naquele município. Conforme o apurado, o veículo estava abandonado na rua Acassio Correa de Carvalho, no jardim Santa Edwirges. Através das diligências dos policiais mineiros, as identidades dos assassinos foi descoberta.

PRISÕES

Realizado o inquérito, o delegado Anderson Cassimiro de Lima pediu as prisões dos autores da morte do taxista. Com mandados de prisões temporárias expedidas pela 1ª Vara da Justiça de Itapira, Keverson Alex do Carmo e Silva, e Cassiano Matheus Mota, foram presos na cidade mineira, após os mandados de prisões serem expedidos. No mesmo dia das prisões, 3 de junho, os investigadores Daniel e Verdelli deslocaram à Pouso Alegre e trouxeram os acusados. A surpresa ficou quando foi constatado que a dupla era surda e muda. Foi apurado, ainda, que Mota tinha parentes em Itapira. Ainda na delegacia de Pouso Alegre, eles confessaram o crime, através de escrita, pois sabiam ler e escrever. Quem desferiu os golpes em Rogatto foi Silva e o latrocínio ocorreu pelo fato de eles necessitarem de um veículo para retornarem para Pouso Alegre.

Crime ocorreu em estrada sem saída, no Machadinho; SIG elucidou caso rapidamente

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