A quase paróquia de Santa Josefina Bakhita vai deixar o ‘quase’ de lado, em 08 de fevereiro, às 19h30, quando se tornará a sétima paróquia de Itapira. O evento religioso realizado na matriz localizada no bairro Istor Luppi, aberto à população, será um marco na história iniciada há 17 anos. A cerimônia contará com a leitura do decreto de instalação, assim como o de posse do futuro pároco, padre Everton Henrique Nucchi, 30, que já está à frente dos trabalhos da comunidade.
A missa será o ponto alto da novena em louvor à santa. As atividades começam dia 29, próximo sábado, e terminam dia 08 com o evento de instalação. Iniciada como uma pequena comunidade em 2005 integrante da paróquia de Nossa Senhora Aparecida dos Prados, a paróquia de Santa Josefina Bakhita será a maior da cidade em termos de extensão, já que engloba diversas comunidades rurais abrangendo uma população aproximada de 20 mil pessoas.
A missa contará com a presença dos padres locais e também da região, além do bispo diocesano de Amparo, Dom Luiz Gonzaga Fechio. O ato religioso conta com a leitura dos decretos que instalam oficialmente a paróquia, além da posse do padre Everton Nucchi como pároco. Ele já está à frente das atividades na comunidade desde 2016. Em 30 agosto do ano passado ela foi elevada à Quase Paróquia, termo utilizado pela Igreja, quando uma comunidade ainda possui algumas atividades administrativas ou pastorais a realizar antes de se tornar independente.
“Cheguei aqui como seminarista. O então bispo de Amparo, Dom Pedro Carlos Cipolini tinha uma visão pastoral de que aqui (Istor Luppi) poderia ser uma paroquia por conta do crescimento do bairro. Ele veio fazer uma visita pastoral na cidade e viu que tinha essa necessidade. Na época eu estava no seminário, e ele conversou comigo e pediu para eu vir trabalhar especificamente aqui”, relatou.
Porém, a história da paróquia começa em 2005. Padre Everton Nucchi contou que naquele ano, motivado pelo então bispo diocesano Dom Francisco José Zugliane, foi criada uma comunidade no bairro do Istor Luppi, agregada à paróquia de Nossa Senhora Aparecida dos Prados, então comandada pelo pároco Carlos Roberto Panassolo. Um terreno na rua Ivo Stringuetti, 177, foi doado por Maria Luppi e seus familiares. “A primeira missa foi celebrada na casa do casal Paulo e Filomena, ainda em 2005”, disse o padre.
No terreno foi construído dois cômodos uma sala de catequese e um local para a reuniões religiosas. Vários padres passaram pela paróquia de Nossa Senhora Aparecida dos Prados e acabaram também à frente da comunidade de Santa Josefina Bakhita: Padre Alexandre Pereira, Padre Francis Tadeu Mistrella, Padre Marcos Paulo, e Padre Hildefonso Ribeiro Luz. Em 2016, então seminarista, Everton Nucchi é enviado para ficar à frente dos trabalhos. Ele fazia celebrações dominicais e assistia as pastorais.
Em 2018 foi ordenado diácono em 09 de fevereiro e logo depois, em 21 de setembro, padre. Ele relatou que no mesmo ano começam as reuniões para se concretizar a ideia de a comunidade ser elevada a paróquia. São desmembradas algumas comunidades de outras paróquias, ficando a cargo de Nucchi e dos fiéis cuidarem dos ritos religiosos e toda a parte administrativa. Ele conta que adaptou uma secretaria e continuou a celebrar missas na capela. Com ajuda da igreja Nossa Senhora Aparecida dos Prados, começa em 2018 também a construção da matriz, obra de 500 metros quadrados, que ainda está em finalização.
DESAFIO
Ele explicou que a comunidade poderá ser elevada à paróquia pois cumpriu alguns quesitos que faltava, de ordem administrativa e pastoral. Fará parte da atuação da Bakhita as comunidades: Nossa Senhora Aparecida, no bairro da Ponte Nova; Bom Senhor Jesus, nos Limas; Beato Padre Donizete nos Forões; São José e Sagrado Coração de Jesus, ambas em Barão de Ataliba Nogueira; Sant’Ana e São Benedito em Eleutério; e Rosa Mística e São Geraldo nas chácaras Terrazam.
Como a paróquia abrange muitas comunidades nas áreas rurais será a maior em extensão paroquial de Itapira, abrangendo uma população de quase 20 mil pessoas.
Padre Everton Nucchi, que é natural de Santo Antônio da Posse, disse que haverá muitos desafios, mas o maior deles é manter a comunhão já existente. “O maior desafio que encontro é viver a comunhão. Fazer com que os membros, tanto da Bakhita quanto das comunidades, percebam que uma igreja só cresce dentro do Reino de Deus quando se tem comunhão. E estamos tendo isso aqui, pois conseguimos erguer uma matriz, por exemplo”, afirmou.
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