Uma situação que praticamente virou rotina mais uma vez vem atrapalhando o dia a dia daqueles que precisam trafegar pela Rua Pedro Mandato – na região do Nosso Teto. Trata-se da abertura de verdadeiras crateras no asfalto que aparecem em diversos locais e, mesmo com a manutenção, as mesmas voltam a se formar.
É exatamente essa situação que ocorreu no início da semana. Próximo da ponte que cruza o Ribeirão, um novo buraco com grande profundidade apareceu no meio da via, no mesmo local onde em janeiro deste ano já havia sido feita uma intervenção devido ao mesmo problema.
A poucos metros desse trecho, mas em janeiro do ano passado, também a mesma situação, que inclusive chegou a causar acidente de trânsito. Também no ano passado, mas em março, bem próximo do local, o problema do aparecimento de grandes buracos também foi registrado.
Especializada
O trecho inicialmente foi interditado para o tráfego de veículos. De acordo com o SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto), em janeiro deste ano a situação havia sido resolvida, sem ter sido encontrado maiores problemas na tubulação. Porém, com essa reincidência, a autarquia irá contratar uma empresa especializada para solucionar a situação.
“Para não prejudicar todos que precisam passar pela rua, nós tampamos o buraco e liberamos o trânsito. Essa situação demanda a contratação de uma empresa especializada, com a disponibilidade de equipamentos e maquinários que possam atuar de forma mais eficiente no local, afinal de contas, a tubulação está cerca de oito metros abaixo da superfície. Vamos fazer isso através dos processos legais e acredito que daqui duas ou três semanas a empresa já esteja contratada”, explicou Carlos Vitório Boretti de Ornelas, Presidente do SAAE.
Terreno
O Tribuna quis saber com Ornelas o motivo dessa região dar tanto problema. Conforme foi explicado, a profundidade da tubulação e o tipo de solo, do tipo várzea (desenvolvidos nas planícies de inundação, sobre sedimentos depositados pelas águas dos rios), presentes na região são um dos fatores que ajudam a dar problemas.
“É uma caixa de surpresa. Pelo tipo do solo, até a variação da pressão do esgoto que está passando faz a tubulação se movimentar. A sustentação de tudo é muito fraca. Quando foi feito inicialmente, há anos atrás, deveria ter sido feito um berço de concreto com areia e brita para evitar essa situação”.
Com relação a Avenida Professor Fenízio Marchini, via em pararelo à Pedro Mandato, a qual ocorrem os mesmos problemas, Ornelas explicou que nesse caso o problema está relacionado a tubulação de concreto muito antigo, que com o passar do tempo o esgoto, por ter efeito corrosivo, vai danificando as paredes do tubo e abrindo buracos.
Fotos Paulo Bellini/Tribuna
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