A Divisão de Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde retomou o trabalho de captura de escorpiões nos cemitérios municipais para este ano. O procedimento, considerado fundamental pelo coordenador das equipes da Divisão de Zoonoses, o médico veterinário Rodrigo Bertini, já capturou em quatro dias cerca de 2.750 escorpiões.

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“O trabalho não pode parar. Se for suspenso será necessário utilizar veneno para combater os escorpiões. Porém, ainda não existem venenos realmente eficazes que consigam matar os animais e o que ocorre é que eles se escondem, se necessário por até um ano, e quando voltarem a se reproduzir os filhotes irão nascer ainda mais resistentes”, explicou Bertini.

Foram quatro dias de coletas até o momento: dias 21, 22 e 23 de fevereiro e dia 2 de março. Os trabalhos irão continuar semanalmente para se tirar proveito dos dias quentes e sem chuvas, além de se manter a população dos animais sob controle. Na época de inverno os escorpiões se escondem e a captura acaba sendo suspensa.

Desde que os trabalhos foram iniciados, há oito anos, a Divisão de Zoonoses já capturou mais de 100.000 escorpiões em Itapira. Em 2021 o montante atingiu a marca de 9.214 animais capturados. Os filhotes são sacrificados, adultos e jovens vivos são encaminhados ao Instituto Butantan para produção de soro, este por sua vez, fica à disposição da população no Hospital Municipal.

Ainda sobre a importância do controle da população desses animais, Bertini destacou que a fêmea do escorpião amarelo consegue se reproduzir sozinha, sem precisar de machos, por meio de um processo conhecido como partenogênese, o que torna a campanha anual de captura tão importante. “Além do nosso trabalho que é realizado nos cemitérios, local onde a população dos escorpiões é sempre alta, é de extrema importância que os moradores e proprietários mantenham suas casas e terrenos limpos, sem acúmulo de mato ou entulho, como madeira e tijolos, propícios para abrigar esses animais”, concluiu.

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