Um caso envolvendo a apreensão e retirada de uma égua depositada no final de semana no Recinto Agropecuário resultou em uma denúncia de maus tratos, feita pela proprietária do equino, a comerciante Fernanda Barjas de Almeida.

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Segundo apurado pelo Tribuna em conversa com Fernanda, o caso começou na tarde de sábado, quando, de acordo com sua versão, a égua de sua propriedade escapou de uma área onde costumava ficar confinada. Após as buscas iniciais e depois de acionar diversos contatos, Fernanda conta que no domingo foi informada que o animal havia sido capturado no começo da manhã, juntamente com outras duas éguas e um cavalo, nas proximidades do cemitério da Paz.

Disse que ligou na Defesa Civil e foi informada que os agentes cuidaram de reunir e prender os animais e que tinham sido encaminhados para o Recinto Agropecuário “D. Carmen Ruete de Oliveira”, e que a remoção havia sido realizada por uma equipe da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente (SAMA).

De posse da informação, na segunda-feira, 14, foi até o local e encontrou, segundo ainda sua versão, a égua com diversos ferimentos, sem água, nem comida e suja de lama. “A primeira coisa que me veio à cabeça foi pegar a égua e trazê-la de volta. Foi o que fizemos”, detalhou. Ainda conforme mencionou, levou o animal até o local onde costuma ficar, uma baia localizada nas imediações do condomínio São Judas Tadeu, onde Fernanda reside.

Nesta quarta-feira, disse que procurou a Secretaria de Agricultura e a Patrulha Animal para se inteirar melhor do que havia ocorrido. Registrou queixa de maus tratos e disse ter recebido a promessa de que o assunto iria ser comunicado ao Secretário de Agricultura e Abastecimento, José Aparecido Perentel Rostirolla.

A situação mudou de rumo, conforme relatou a proprietária, depois que soube que estava sendo acusada de furto por ter retirado a égua do recinto sem comunicar às autoridades e também pelos maus tratos que alega terem sido cometidos durante a remoção da égua. Ela garante que tem imagens da égua que comprovam que o quadrupede estava íntegro e que vai usar como prova para se defender e revelou que pretende processar a prefeitura.

O Outro lado

O Tribuna conversou com o coordenador da Defesa Civil, agente Ronaldo Ramos da Silva e foi informado que três agentes trabalharam na captura dos cavalos, Moacir, Tonolli e Silva. “Cuidamos de tirar os animais da rua, o amarramos em um local seguro, mas a remoção foi feita pelo pessoal da SAMA”, esclareceu.

O Secretário titular da pasta da Agricultura, José Aparecido Perentel Rostirolla, negou que a égua tenha recebido maus tratos de sua equipe. Ele garantiu que durante o tempo em que os quatro equinos recolhidos estiveram sob a guarda do departamento, foram alimentados com feno e água, assegurando que dispõe de imagens que comprovam essa situação.

Disse que o ponto central da questão foi o sumiço de 3 dos quatro equinos. “Foram levados sem autorização, isso configura roubo”, disparou. Afirmou ainda que esses cavalos estavam transitando por ruas e avenidas oferecendo, riscos de acidente. “Agimos pontualmente, com a colaboração da Defesa Civil para apreender estes animais, sanando uma situação que oferecia riscos para as pessoas”, reforçou. Rostirolla disse ainda que solicitou à Patrulha Animal que elaborasse um Boletim de Ocorrência, para se resguardar do sumiço dos animais do Recinto.

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