Os casos de Covid-19 no município recuaram 34% em julho, na comparação com o mês anterior. Foram 961 pacientes positivados, contra 1.457 em junho – então recorde desde o início da pandemia, em março de 2020.

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Os dados constam nos boletins gerados diariamente pela Divisão de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde e estão relacionados aos registros confirmados nos períodos analisados. Em contrapartida, as mortes provocadas pela doença aumentaram 10,5%, com 42 óbitos em julho, contra 38 em junho.

O secretário municipal de Saúde, Vladen Vieira, explicou que as mortes necessariamente não seguem a queda de casos, sendo que a diminuição dos óbitos ocorre de forma mais lenta. Ao analisar os dados de julho, ele salientou que apesar da retração do índice de positivados, a síndrome respiratória ainda acomete gravemente os pacientes, sobretudo aqueles que possuem comorbidades.

A queda acentuada nas confirmações colocou julho como terceiro mês com menos positivados em 2021, atrás de janeiro (556) e fevereiro (520). O resultado mensal ficou abaixo de junho (1.457), maio (1.123), abril (1.139) e março (1.187). Para Vieira, a diminuição do contágio envolve uma série de fatores. “A vacinação tem peso importante, o lockdown (realizado entre junho e julho) também reduziu esse número de casos e a conscientização. Aparentemente a população mais jovem parece ter percebido que os casos estavam se tornando mais frequentes em uma faixa etária mais jovem. Talvez tenha caído a ficha”, analisou.

O recuo de casos foi sentido diretamente pelo sistema de saúde do município, tanto no Hospital Municipal quanto na Santa Casa de Misericórdia, desafogando a ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e enfermaria. “Quando a enfermaria está com ocupação baixa, não deixa de ter casos graves. E quem está na UTI possui situação crítica, que pode evoluir a óbito. Porém, verificamos que quem foi vacinado e não tem comorbidade raramente vai para UTI. Ou seja, a vacina é uma ajuda ao seu organismo. Mas se o paciente já não tem sistema imunológico razoável, a vacina sozinha não dá conta”, avaliou.

Vieira alertou que as medidas sanitárias, como constante higienização das mãos, uso da máscara de proteção e distanciamento social, devem ser mantidas independente da imunização. A preocupação reside agora na nova variante Delta, que já circula no Brasil, e tem se mostrado mais contagiosa que outras cepas, porém sem maior letalidade comprovada. “Mas isso tem sido averiguado nos Estados Unidos, Israel e Reino Unido. Não sabemos como vai ser o impacto no Brasil, em nossa realidade”, contou.

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