A Prefeitura abriu uma nova concorrência pública com o objetivo de contratar uma empresa que execute obras na antiga estação da Fepasa, localizada na Praça João Sarkis Filho, região central de Itapira. Entre os principais serviços que serão prestados, está a instalação de uma cobertura metálica de 1.200 metros quadrados no mesmo local onde hoje está instalada a feira-livre, que funciona às quartas e sextas-feiras, além dos finais de semana. A previsão orçamentária do projeto está fixada em R$ 1.358.927,98.

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O início das operações dos hortifrutigranjeiros na Fepasa teve início no dia 1º de fevereiro, após o começo dos trabalhos na reforma no “Mercadão”. O local foi preparado para receber os comerciantes e clientela com instalação de cerca de mil metros quadrados de tendas alugadas, reforço na iluminação, contêiner como sanitário e bolsão de estacionamento com cerca de 30 vagas. Assim como retratado em reportagens da época, o local recebeu elogios e teve uma avaliação bem positiva.

Porém, tendo em vista que o projeto do “novo Mercadão” inclui reforma na área da feira, inclusive com nova cobertura e correção do desnível, o Tribuna de Itapira buscou entender o motivo de realizar um investimento dessa magnitude já que, de uma certa forma, a presença dos feirantes na Fepasa seria até a conclusão das obras no Mercado Municipal, que estão sendo realizadas pela JEA Construtora e Incorporadora Ltda. pelo valor de R$ 6.119.294,69.

Limitado

Uma fonte consultada pela reportagem explicou que o espaço que ficará disponível para a feira livre no “Mercadão”, após sua reforma, não será suficiente para abrigar todos os feirantes que hoje estão presentes na Fepasa – já são mais de 40 comerciantes. Com isso, manter o local coberto se tornou uma forma de ainda disponibilizar um ponto para o comércio dos produtores locais e, por consequência, ampliar esse tipo de área.

Quando a reforma for concluída, será aberto uma licitação para uso dos espaços. Dessa forma, com a concorrência em alta, vai levar quem pagar mais pela área. Aqueles que não conseguirem “um lugar ao sol”, terão então de permanecer no atual local da feira livre. Como as tendas são alugadas, a cobertura definitiva irá desonerar a Prefeitura desse pagamento mensal, claro que com o devido investimento já citado acima.

Projeto

O projeto apresentado pela administração e que no momento está sob análise das empresas que irão encaminhar uma proposta, apresenta uma total revitalização do espaço. O principal seria a cobertura, que será de chapas de aço com epóxi e poliéster tipo sanduíche em módulos de 10 por 12 metros, com um total de 100 metros de comprimento por 12 de largura. Também está incluída a construção de uma calçada e toldos tipo cortina instalados na cobertura para otimizar a proteção em dias de chuva.

Outro destaque do projeto é a construção da chamada “Praça Vagão”, uma área diferenciada de lazer que irá contar com passeio em mosaico português, bancos de madeira e iluminação exclusiva. Somente esta parte do projeto tem orçamento previsto de pouco mais de R$ 54 mil.

De acordo com o apurado pelo Tribuna, além de servir como área da feira, o local tem o objetivo de abrigar eventos sociais para entretenimento da população, como shows, teatro, exposições e eventos variados.

As propostas deverão ser entregues até o dia 18 de setembro e a empresa vencedora terá 150 dias para cumprir o contrato. O serviço terá cinco anos de garantia e será custeado a partir de financiamento junto ao Finisa (Programa de Financiamento a Infraestrutura e ao Saneamento).

Grana

Os investimentos com cobertura na Fepasa, na ponta do lápis, não irão sair barato. O Tribuna conseguiu levantar que, a atual cobertura com tendas no local está tendo um custo mensal na casa dos R$ 40 mil. Levando em consideração que a mesma está instalada desde fevereiro e, deverá permanecer no mínimo até o início de outubro, por conta do planejamento da licitação da cobertura definitiva, serão aplicados cerca de R$ 320 mil no aluguel dos dispositivos. Incluindo a previsão orçamentária do novo projeto, os custos na área irão se aproximar dos R$ 1,7 milhão.

Trânsito

Com o projeto da nova cobertura e revitalização geral do espaço da Fepasa, algumas reformas viárias, que faziam parte de estudos ainda no começo de 2022, não serão efetuadas.

Conforme documento que o Tribuna de Itapira conseguiu na oportunidade em que estava sendo realizado o empréstimo de R$ 30 milhões junto ao FINISA, estavam previstas a construção de rotatórias nos cruzamentos da Rua Padre Ferraz com a 24 de Outubro e no da Avenida Rio Branco com Rui Barbosa.

De acordo com o levantado na época, a instalação dos dispositivos faziam parte de análises que visavam desafogar o trânsito de veículos na região, com o fluxo no sentido da Rua 24 de Outubro sendo direcionado para a área da Fepasa, onde hoje se encontra a feira e será instalada a cobertura definitiva e “Praça Vagão”.

Prefeitura

Em resposta encaminhada ao Tribuna, após os questionamentos, a Prefeitura informou, via Assessoria de Comunicação, que a proposta é justamente ampliar a oferta de espaços na cidade, assim como a reportagem havia confirmado, e que a intenção ainda é reformar todo o prédio histórico da antiga Estação Fepasa.

“Tendo em vista o sucesso da Feira Noturna na Fepasa, a Prefeitura elaborou um projeto para explorar esse espaço para exposições culturais e também eventuais atividades comerciais, tal qual a Estação já abrigou anteriormente. Esse projeto engloba não apenas a cobertura definitiva, mas também a reforma do prédio. Essa adequação não interfere no projeto do Mercadão para receber as feiras livres. Pelo contrário, a proposta é de ampliar a oferta de espaços como esse na cidade”, informou a administração.

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