Milhares de pessoas foram as ruas nesse domingo, dia 1, em defesa da aprovação do voto auditável para as próximas eleições em 2022. As manifestações foram registradas nas capitais dos estados, com destaque para Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro que apresentaram a maior quantidade de pessoas.

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Sem destaque nos grandes veículos de comunicação do país, as manifestações da chamada “direita brasileira” mais uma vez levou grande quantidade de pessoas as ruas em manifestação pacífica e composta por pessoas de todas as idades. A bandeira e cores do Brasil foram as utilizadas pelos manifestantes.

A questão do voto auditável vem ganhando força nos últimos meses. O Congresso brasileiro vem sendo pressionado pela população e grupos políticos situacionistas para colocar em votação e aprovar a pauta. O Presidente da República, Jair Bolsonaro, é um grande defensor da mudança nas urnas eletrônicas por considerar que as mesmas são passíveis de fraude. Segundo o presidente, eleições anteriores já foram fraudadas por aqueles que tem interesse em se perpetuar no poder e ir contra a democracia.

Muitas notícias falsas foram divulgadas em cima desse tema. Uma delas seria o retorno da cédula de papel, o que seria, além de um retrocesso, impossível de acontecer devido ao tamanho do eleitorado brasileiro. Apesar de ser muito debatido hoje, o voto auditável já havia sido aprovado pela câmara dos deputados e defendido pelo Superior Tribunal Federal, porém, para as eleições de 2018, ele não foi implantado, em decisão equivocada do próprio STF.

As mudanças ocorreriam para tornar as eleições mais transparentes e passíveis de uma audição, caso seja apontado algum erro do sistema. O voto seria realizado pelo eleitor na mesma urna eletrônica utilizada nos últimos anos. A urna eletrônica teria seu sistema modificado permitindo uma audição (ou conferência dos votos). Após o eleitor votar, seria emitido um comprovante impresso (pela própria urna eletrônica) para a pessoa conferir se os dados estão corretos. O comprovante emitido, após conferência, iria automaticamente para uma “urna” e ficaria guardado para que, se houvesse necessidade, fazer a conferência da votação naquela sessão de votação.

Por outro lado, existem aqueles que são contra as mudanças, como o próprio Superior Tribunal Eleitoral. Para o Ministro Luís Roberto Barroso, as urnas eletrônicas sempre foram confiáveis e nunca se obteve provas concretas de fraude nas eleições. Outro fator seria o investimento para a mudança que estaria na casa dos dois bilhões de reais.

Foto: Terça Livre

Vídeo: Divulgação/WhatsApp

Avenida Paulista ficou tomada por manifestantes

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