Menos de um ano após o início das obras, o trecho de 8,6 km da Estrada Municipal “Luiz Cavenaghi”, a ‘Estrada do Rio Manso’ como é popularmente conhecida, já tem asfalto novo. A reportagem do TRIBUNA DE ITAPIRA percorreu o local no feriado de 20 de novembro, no trecho a contar da ponte de concreto que separa o Rio Manso do bairro da Roseira (Mogi Guaçu).
Chamam a atenção obras complementares executadas para impedir que a ação das águas das chuvas danifique o pavimento. São várias intervenções deste tipo, até a ponte sobre o Rio do Peixe, onde a estrada desemboca na rodovia SPI- 177/344 (antiga vicinal Itapira-Guaçu). Uma fonte ligada à empresa Auditerra, que realiza as obras, informou que restam ainda algumas intervenções pontuais a serem realizadas, e que em breve a obra será vistoriada pelas autoridades do D.E.R, para a entrega oficial.
Foram investidos cerca R$ 25 milhões, recursos assegurados pelo governo estadual. O “pacote” contemplou ainda melhorias executadas na estrada da Roseira, criando um “círculo” de aproximadamente 13 quilômetros ligando as duas localidades.
O ex-vereador e ex-presidente da Câmara, Décio da Rocha Carvalho, morador no bairro do Rio Manso, lembra que se trata de uma luta que teve início no final da década de 1980. “Finalmente, a estrada está asfaltada de cabo a rabo. Foi uma luta que atravessou décadas e que teve muitos personagens importantes. Queria aproveitar e agradecer ao governador Tarcísio de Freitas por esse momento”, discursou.
André Aporta, 60, possui há 18 anos uma propriedade na extensão da “Luiz Cavenaghi”. Ele acha que a chegada do asfalto deverá atrair investimentos para a região. “Uma rota turística soberba, que será, não tenho dúvida, melhor aproveitada. Antes, a gente convidava dez (pessoas) para uma visita, oito não iam com receio de colocar o carro na lama e na poeira. Agora, se convidar os mesmo dez, pelo menos 12 aparecerão”, comparou.
Capital do Jiló
Apesar da inquestionável vocação turística, o Rio Manso ainda é conhecido também por sua pujança no agronegócio. A localidade atrai de produtores de leguminosas a gado de leite. Segundo o produtor rural Mário Elton Fuini, 40, não seria exagero carimbar no bairro a condição de ‘capital regional do jiló’.
Ele próprio cultiva o fruto em seu sítio, juntamente com a abobrinha. “A pavimentação foi a melhor coisa que poderia acontecer. No meu caso particular, passo por ela todos os dias com o caminhão carregado, para escoamento da minha produção em São Paulo”, mencionou. O agricultor comentou ainda o impacto que o asfalto já causa na redução de despesas na manutenção de seus veículos. “Certamente isso vai se refletir no custo de produção, causando um impacto altamente positivo”, considerou.
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