Domingo, dia 11, foi um dia histórico para Cuba. Pela primeira vez, desde 1994, o povo de Cuba sai ás ruas para protestar contra o governo comunista. País sofre uma grave escassez de medicamentos, produtos básicos e também atravessa a terceira e pior onda de Covid-19.

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Foram registrados protestos em cerca de vinte cidades cubanas. Os manifestantes gritaram por mais liberdade, remédios e alimentos e fizeram críticas ao governo do então presidente Miguel Díaz-Canel. Após o início dos protestos, o serviço de internet móvel em todo o país foi cortado, ao que tudo indica, para impedir a divulgação de vídeos dos protestos e reduzir a capacidade de reunião dos participantes.

Com o aumento das manifestações, o presidente de Cuba fez um pronunciamento na TV para convocar seus apoiadores, os “comunistas” e “todos os revolucionários” a tomarem as ruas para “confrontar” os manifestantes, pedido este que foi atendido, sendo registrado em algumas localidades gritos de “eu sou Fidel” ou “Canel, meu amigo, o povo está contigo”, em alusão ao presidente Miguel Díaz-Canel e ao antigo ditador que esteve no poder por quase quarenta anos.

O presidente americano Joe Biden, mesmo com declarações do presidente cubano insinuando que os protestos eram resultados de uma interferência dos Estados Unidos, deu uma declaração leviana sobre o assunto. “Os Estados Unidos apelam ao regime cubano para que escute seu povo e sirva suas necessidades neste momento chave, em vez de enriquecer a si próprios”, disse o comunicado divulgado pelo democrata. A Organização das Nações Unidas (ONU) em coletiva de imprensa também se posicionou em defesa de manifestantes no país afirmando que as manifestações da população precisam ser respeitadas.

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