Ter um animal de estimação é extremamente positivo e traz inúmeros benefícios – já comprovados cientificamente, tanto mentais como emocionais, além do afeto e companhia diária. Porém, essa condição vem carregada da necessidade de uma grande responsabilidade que os tutores devem ter para proporcionar, acima de tudo, saúde e bem estar para o “pet”. Em algumas situações, a dedicação demanda um enorme esforço, assim como a história de Caio Pompeu, tutor do gatinho Marvin, que foi compartilhada com a reportagem.
Marvin, que hoje está com 4 anos, foi diagnosticado, após diversos procedimentos médicos, com PIF (Peritonite Infecciosa Felina) em 2022, uma grave doença viral que leva danos aos órgãos internos e possui uma alta taxa de mortalidade. A doença, até o ano de 2019, não possuía cura, até que um medicamento foi descoberto, porém, pouco acessível e de alto custo. Mesmo assim, a decisão de Caio foi a de salvar Marvin.
“É um medicamento que, de certa forma, ainda passa por estudos e não vendia no Brasil, teria que vir importado. Tomei a decisão e fiz empréstimo, vaquinha online e rifa. Por fim, foi possível levantar os recursos, que foram muito altos. Comprei o medicamento e, com a ajuda de muitas pessoas, foi feito o tratamento, que acabou sendo bem dolorido para o Marvin, e ele foi salvo”, contou Caio.
Marvin foi um dos primeiros gatos de Itapira a contrair a PIF e, felizmente, teve um final feliz. “Se realmente quiser salvar, consegue. É como um filho, não existe outro raciocínio possível e as pessoas ainda ajudam”, completou Caio.
O Tribuna perguntou se Marvin vem aproveitando bem a vida após a recuperação e, de forma muito descontraída e com risos, foi dito que o gato “já gastou muitas vidas, está vivendo intensamente e sem medo do perigo”.
Marvin mantém sua rotina junto com Caio e agora também com Jucimara Santos, além de Ollie – uma gata que também faz parte da família, com muitas brincadeiras, protegendo seu território de gatos que sobem no muro da casa e mantendo tranquilas noites de sono na própria cama do casal, pelo menos até às 05h da manhã quando quer acordar e brincar.
Jucimara destacou um ponto importante do cuidado que é mantido com Marvin, de mantê-lo sempre nos limites de sua casa. “Somos contra as voltinhas na rua. Lá ele está exposto a perigos. Tomamos o cuidado para ele não escapar e deixar acostumado aqui dentro de casa”. Ela também frisou que “a partir do momento que você adota tem que cuidar, se tem a oportunidade de salvar é isso que deve ser feito, é uma grande responsabilidade que todos devem ter e o Caio é um belo exemplo disso”.
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