Foi comemorado na sexta-feira, dia 12 de maio, o Dia Internacional da Enfermagem. Enfermeiros e enfermeiras ficaram muito em evidência nos últimos anos, seja pela pandemia da covid, onde trabalharam incansavelmente no atendimento de pessoas acometidas por uma doença até então desconhecida, ou até pela luta para conquistar uma base salarial mais digna e que seja mais compatível com as atividades realizadas pelos profissionais.

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O Dia Internacional da Enfermagem homenageia Florence Nightingale, nascida em 12 de maio de 1820. Enfermeira pioneira no tratamento a feridos de guerra, sua obra revolucionária e avançada para a época, teve profundo impacto na saúde e na reorganização dos serviços de saúde em nível mundial, sendo considerada um marco na profissionalização da enfermagem moderna.

No Brasil, além do Dia da Enfermagem, entre os dias 12 e 20 de maio, comemora-se a Semana da Enfermagem, instituída em meados dos anos 40, em homenagem a Florence Nigthingale e a Ana Néri, enfermeira brasileira que colocou-se à disposição do Exército Brasileiro para ir à guerra do Paraguai como auxiliar do corpo de saúde, sendo considerada a primeira enfermeira voluntária do Brasil.

Trabalho

Para exemplificar toda a dedicação desses profissionais, o Tribuna de Itapira conversou com o enfermeiro itapirense Thales Francischetti, de 27 anos, que está completando seu primeiro ano de atuação na área, trabalhando na Santa Casa de Mogi Mirim, e deu uma visão bem atual dos trabalhos que são realizados e a luta da categoria.

Ele começou a se interessar pela área com trabalhava na Indonésia como modelo. Ao observar pessoas passando necessidade, muitas com deficiências físicas, ficou comovido, e a vontade de ajudar o próximo veio à tona.

“Quando comecei a trabalhar em uma farmácia e ter relação com as pessoas vi que esse era realmente o caminho. Fui fazer uma entrega no Bairral e consegui ver os profissionais atuando e isso me motivou mais ainda. Foi então que comecei a ir atrás para estudar e aprofundar meus conhecimentos na área”, contou Francischetti, que se formou em 2022.

Segundo o enfermeiro, que relatou estar realizado na profissão escolhida, é a equipe de enfermagem que mais está próxima dos pacientes no dia a dia dos trabalhos, além de serem os primeiros a terem contato com os mesmos, principalmente em situações de emergência, como ocorre no pronto socorro, setor em que está trabalhando atualmente.

“O enfermeiro é o coração do hospital. Os técnicos de enfermagem fazem o acompanhamento do paciente e o enfermeiro administra a equipe para o contato com a pessoa que está sendo tratada fluir bem e de maneira correta. Quando o paciente chega, o primeiro contato é com os enfermeiros, que observam sua situação e levanto seu histórico para o médico, que passa as orientações e tratamentos, para então os enfermeiros colocar em prática”.

Dedicação

Francischetti relata que é um ambiente difícil e de muita pressão em cima do profissional que, deve sim ser mais valorizado. “É uma pressão psicológica muito grande. Os enfermeiros devem ser mais valorizados. Pelo que passamos, a longo prazo, já é comprovado que interfere em nossa saúde. A maioria dos profissionais da área tem dois ou mais empregos para ter um salário mais digno”.

“O retorno e gratificação dos pacientes é muito positivo. Se você faz com o coração será reconhecido. Temos que conhecer o paciente, saber de sua trajetória e isso nos comove muito. Entramos na vida dos pacientes”, concluiu.

Thales Francischetti é enfermeiro

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