Um problema que já se arrasta, conforme depoimentos de moradores e usuários da rodovia há mais de um ano, continua gerando reclamações com relação ao péssimo estado de conservação da rodovia Orlando Andrade, que liga a região do bairro Santa Marta ao bairro dos Pires.
Os problemas são potencializados no período das chuvas. A referida via se transformou nos últimos dez anos na principal ligação na área de maior expansão urbana da cidade, que se tornou polo de atração para dezenas de loteamentos e condomínios. Consequentemente, o tráfego de veículos aumentou significativamente, inclusive a circulação de veículos de carga.
Conforme observou um incorporador que viabilizou dois empreendimentos imobiliários na região e que preferiu ter a identidade preservada, a infraestrutura viária de acesso não tem acompanhado o crescimento do tráfego. “Pior ainda, nem a manutenção básica tem sido feita”, comentou. A situação, conforme descreveu, incomoda pelo fato das condições de acesso serem, segundo sua visão, algo fundamental para um empreendimento imobiliário. “Sem acesso decente, pessoas não entram e nem saem de suas casas”, resumiu.
O autônomo José Roberto Fuini, 69, morador nas imediações, atesta que as condições da rodovia já foram melhores. Ele informou que as queixas aumentam sempre no período das chuvas. “Fazer manutenção no período da chuva é sempre mais complicado”, ponderou. Um usuário que afirmou percorrer o trecho pelo menos duas vezes por dia, também sob condição de ter a identidade preservada, ironizou a situação afirmando que o nome da rodovia deveria ser mudado para “rodovia das voçorocas”.
Lama
A situação vai piorando na medida em que se avança em direção à zona oeste da cidade, onde ficam os conjuntos habitacionais Braz Cavenaghi e Hélio Nicolai. Uma estrada acessória, a José Maria de Campos, que concentra diversos empreendimentos imobiliários também apresenta problemas. Um loteamento localizado do lado esquerdo de quem avança em direção à avenida Getúlio Vargas, despeja em dias de chuva, muita lama na rodovia e consequentemente em residências localizadas às margens.
O aposentado José Lúcio Franco, que reside há 17 anos no local, afirmou que perdeu as contas de quantas vezes já foi na prefeitura cobrar providências. Na quarta-feira, dia 1º, quando a reportagem do TRIBUNA percorreu aquele trecho, Franco estava retirando lama de sua propriedade com a ajuda de outras duas pessoas, resultado da chuva que havia caído na tarde do dia anterior.
“Recentemente, uma mocinha esteve aqui, tirando fotografias, fazendo anotações. Disse que era da prefeitura. A gente fica esperando que isso tenha uma solução, mas esse problema já se arrasta a mais de um ano sem que nenhuma providência seja tomada”, protestou. Ao lado da residência, foi construído um edifício, o qual, segundo comentário de uma pessoa familiarizada com a situação, sofre com o escorrimento de lama para o interior do local onde ficam as vagas de estacionamento.
O outro lado
Consultada a respeito da situação, a Secretaria de Obras informou por meio da assessoria de comunicação da prefeitura que já existe todo um planejamento para ser colocado em execução referente aos muitos estragos que as chuvas têm causado e que no momento apropriado todas estas intervenções serão realizadas, o que inclui também a rodovia Orlando Andrade. Com relação ao problema específico da lama que invade a rodovia, a assessoria de imprensa informou que a empresa responsável pelo empreendimento “Já foi notificada três vezes para solucionar o problema e se comprometeu a limpar a via”.
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