A centenária Fazenda Floresta, localizada na divisa de Itapira com a vizinha estância de Serra Negra, vem recebendo uma importante ação dos gestores da propriedade – de cerca de 400 hectares, que estão agora colhendo os resultado de um investimento que alia oportunidade e sustentabilidade, a partir de um vigoroso processo de reflorestamento que traz a reboque a renovação da plantação de café (vocação original da propriedade), além da aposta em outras culturas, como o cacau.
Quem está por detrás deste processo de transformação é Natália Orlandi Luglio, neta da proprietária, a empresária Sirlei Orlandi. Com formação em contabilidade e em educação ambiental, a moça deixou São Paulo no final da década passada, para investir seu talento empresarial na gestão da Fazenda Floresta.
Ela contou para o TRIBUNA que de imediato, notou a que a propriedade possuía poucas áreas de mata nativa remanescentes. Esta observação, aliada à constatação de que culturas como o café, apresentam melhor desempenho em áreas sombreadas, fez com que iniciasse um processo de reflorestamento com apoio da Copaíba, organização sediada na vizinha Socorro que fornece mudas de plantas nativas.
Desde o início do processo, Natália estima que foram plantadas 10 mil mudas de árvores como araucária, sangria d’água, ipês, cabeludinha, entre outras, comuns na Serra da Mantinqueira e até na Mata Atlântica, biomas que cercam essa privilegiada região do estado de São Paulo. A gestora garante que a maioria vingou. “Hoje temos árvores com mais de três metros de altura”, assegurou.
O resultado favoreceu a revitalização de três nascentes dentro da propriedade. Em consequência dos resultados positivos, a Fazenda Floresta figura como exemplo positivo em nível regional conforme faz questão de colocar o engenheiro agrônomo chefe da Casa da Agricultura de Itapira, Carlos Eduardo Canivezzi Antunes. Ele disse que Natália investe em um modelo de sustentabilidade conhecido como ‘agrofloresta”.
O cacau seria apenas uma de diversas modalidades que podem se tornar objeto de interesse dos agricultores locais a partir de experimentos como esse levado a cabo na Fazenda Floresta. A própria gestora diz que não tem pressa em introduzir a cultura e que prefere, antes de mais nada, avaliar os resultados práticos em relação a pouco mais de 30 mudas que plantou recentemente. Independentemente disso, garantiu que o processo de reflorestamento ainda terá continuidade por mais um período, alcançando toda a propriedade, que já se tornou referencial em ações no âmbito ambiental e de sustentabilidade em nossa região.
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