O governo estadual informou que irá manter a vacinação em adolescentes de 12 a 17 anos sem comorbidades, mesmo após a suspensão da vacinação para esse público pelo Ministério da Saúde.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse em pronunciamento na quinta (16) que uma série de motivos pesaram para que a pasta resolvesse revisar a recomendação e suspender a vacinação de adolescentes sem comorbidades.
Segundo Queiroga, foram identificados 1,5 mil eventos adversos em adolescentes imunizados. Todos eles foram de grau leve. Foi notificado um caso de morte de um jovem em São Paulo, mas o episódio ainda está sendo investigado para avaliar se a causa foi o imunizante.
Uma das críticas do ministro foi de que, de acordo com a pasta, a imunização dos adolescentes deveria ter começado no dia 15 de setembro porém, já foram vacinados 3,5 milhões de adolescentes por autoridades locais de saúde. Ele acrescentou que houve diversos casos de prefeituras que aplicaram vacinas não autorizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A agência só permitiu o uso da Pfizer/BioNTech para adolescentes de 12 a 17 anos.
A vacinação de adolescentes em São Paulo começou em 18 de agosto. Já foram imunizadas cerca de 2,4 milhões de pessoas desse grupo, ou seja, 72%. “A medida cria insegurança e causa apreensão em milhões de adolescentes e famílias que esperam ver os seus filhos imunizados, além de professores que convivem com eles”, diz a nota do governo paulista.
Com a posição do governo estadual, o município deverá dar continuidade a imunização dos adolescentes sem comorbidades. A Secretaria Municipal de Saúde já concluiu a aplicação da primeira dose nas faixas etárias de 12 a 17 anos, restando agora a aplicação da segunda após o devido período de espera.
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