Uma determinação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) passa a exigir de todos criadores de equídeos (cavalos, muares, jumentos, mulas, burros e assemelhados) que costumam transportar em veículos motorizados estes animais, a colocação de um chip, com a pretensão de criar um banco de dados de cada um destes animais.

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A medida deve vigorar – se não houver adiamento – a partir de primeiro de maio. Vem precedida de normais já existentes, como a obrigatoriedade da vacina contra a mormo (doença infecto-contagiosa que afeta os equídeos) e a anemia infecciosa.

A novidade fica por conta da inclusão dos dados destes animais também no Gedave (sistema informatizado de processamento de dados usado pelas Coordenadorias de Defesa Animal dos governos estaduais), dados estes que deverão ser apresentados na Guia de Trânsito Animal (GTA), documento que já regula, por exemplo, o transporte de bovinos e bubalinos.

Rodrigo Silva Bertini, médico veterinário e coordenador do serviço de controle de zoonoses do município, considera uma medida bem vinda e que na sua visão, diz respeito a muitos itapirenses que costumam levar animais para participar de eventos (competições, exposições e romarias). Bertini explica que a instalação dos chips nos cavalos e assemelhados, facilitará o controle a respeito de atualização das vacinas, informações genéticas e outros dados importantes relacionados a estes animais. Advertiu ainda que a implantação do chip dever ser feita somente por médicos veterinários com habilitação para este tipo de atendimento.

Necessidade

O médico Newton Santana, criador e presidente do Clube do Cavalo de Itapira, avalia que a exigência vem de encontro às necessidades dos próprios criadores. “Trata-se de uma medida que entre outros benefícios, trará maior segurança, por exemplo, para impedir confusão sobre a propriedade de um determinado animal”, ponderou.

Ele avalia ainda que muitos criadores, especialmente de raças mais famosas, já se anteciparam a esse tipo de determinação e comprovaram a eficiência da medida, movimento este, que segundo ele já ocorre aqui mesmo em Itapira. “Os resultados práticos da criação deste banco de dados são bastante visíveis e a medida, de certa forma, representa um sopro de modernidade em uma área tão sensível, dinâmica e competitiva da atividade econômica do país”, concluiu.

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