O novo governo, que assumiu o Brasil na manhã do último domingo, dia 1º, teve início com um aumento de 14 ministérios para compor a esplanada. Ao todo, serão 37 pastas, número 60% superior ao do governo Bolsonaro, que possuía 23.
Os ministérios que já existem e serão mantidos são: Saúde, Educação, Ciência e Tecnologia, Meio Ambiente, Relações Exteriores, Comunicação, Minas e Energia, Agricultura, Defesa, Justiça e Segurança Pública, e Turismo. O ministério da Economia será dividido em três pastas, sendo Fazenda, Planejamento e Orçamento, e por último Industria e Comércio. Outra pasta desmembrada será o que hoje é chamado de ministério do Trabalho e Previdência, que serão Trabalho e Emprego, e ministério da Previdência.
A equipe do presidente eleito, em particular o futuro ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, tem declarado que não haverá aumento significativo de custos com a criação das novas estruturas administrativas. A maioria delas já funciona, segundo as explicações, como secretarias abrigadas em ministérios e que apenas serão separadas. Somente a criação dos cargos de ministro, secretário executivo e de alguns postos de direção, chefia e assessoramento pode ser feita por decreto com aumento de despesas.
GASTOS
Já falando como oposição ao governo do PT e de seus aliados, o ex-ministro-chefe da Casa Civil e um dos líderes do Centrão, Ciro Nogueira, não poupou críticas ao anúncio feito por Lula de criação de ministérios. Em sua conta no Twitter, ele declarou que “o PT, com sua contabilidade criativa de sempre, diz que 14 novos ministérios não vão criar novos gastos”. “Mas basta uma breve conta para ver que na prática a história é outra”, emendou.
Ciro Nogueira fez uma conta: “O salário mensal de um ministro é R$ 31 mil. Temos que somar ainda mais R$ 31 mil de 13º, 1/3 de férias e auxílio moradia de R$ 7,7 mil por mês. Somente nisso já temos o custo adicional de cerca de R$ 500 mil por ano para cada ministro”.
EQUIPE
Dos 37 ministros que foram anunciados, apenas 11 não fazem parte de partidos políticos. Com a conclusão da indicação do 1º escalão, Lula consolidou a hegemonia do PT em sua nova gestão. A sigla terá 10 ministérios, incluindo alguns dos principais, como a Fazenda, com Fernando Haddad, e Casa Civil, com Rui Costa. Veja a lista de ministros:
- Gabinete de Segurança Institucional: general da reserva Marco Edson Gonçalves Dias
- Secretaria-Geral: Márcio Macêdo (PT)
- Comunicações: Juscelino Filho (União Brasil)
- Integração e Desenvolvimento Regional: Waldez Góes (PDT)
- Educação: Camilo Santana (PT)
- Minas e Energia: Alexandre Silveira (PSD)
- Esportes: Ana Moser
- Transportes: Renan Filho (MDB)
- Defesa: José Múcio Monteiro
- Casa Civil: Rui Costa (PT)
- Justiça: Flávio Dino (PSB)
- Fazenda: Fernando Haddad (PT)
- Portos e Aeroportos: Márcio França (PSB)
- Agricultura: Carlos Fávaro (PSD)
- Pesca: André de Paula (PSD)
- Gestão: Esther Dweck
- Relações Institucionais: Alexandre Padilha (PT)
- Cidades: Jader Filho (MDB)
- Advocacia-Geral da União: Jorge Messias
- Controladoria-Geral da União: Vinícius Marques de Carvalho
- Turismo: Daniela Carneiro (União Brasil)
- Previdência Social: Carlos Lupi, presidente do PDT
- Ciência e Tecnologia: Luciana Santos (PCdoB)
- Planejamento: Simone Tebet (MDB)
- Saúde: Nísia Trindade
- Relações Exteriores: Mauro Vieira
- Igualdade Racial: Anielle Franco
- Indústria e Comércio: Geraldo Alckmin (PSB)
- Povos Indígenas: Sônia Guajajara (PSOL)
- Mulheres: Cida Gonçalves (PT)
- Direitos Humanos: Silvio Almeida
- Cultura: Margareth Menezes
- Desenvolvimento Social: Wellington Dias (PT)
- Meio Ambiente e Mudanças Climáticas: Marina Silva (Rede)
- Trabalho: Luiz Marinho (PT)
- Desenvolvimento Agrário: Paulo Teixeira (PT)
- Secretaria de Comunicação Social: Paulo Pimenta (PT)
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