Um grupo constituído por seis meninas com idade de 9 a 12 anos, todas frequentadoras do Projeto Social FF (Futebol Feminino), participou na semana passada de uma avaliação feita pela equipe da Ferroviária, em Araraquara, na tentativa de ganhar espaço no clube listado como um dos principais formadores de talentos no futebol feminino em todo o Brasil.

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Trata-se do desdobramento de uma outra seleção, realizada em setembro deste ano, quando uma comitiva da equipe de Araraquara visitou o projeto FF, no “campo da Borbec”. Naquela oportunidade, 07 meninas acabaram tendo seus nomes indicados para treinamentos, sendo uma de Mogi Guaçu.

Conforme descreveu o TRIBUNA DE ITAPIRA à época, o passo seguinte seria mais difícil, dada às dificuldades das famílias dessas garotas, terem que, necessariamente, caso desejem investir na carreira das meninas, se deslocar até Araraquara para uma nova triagem. Este processo ocorreu nos dias 22 e 24 deste mês, envolvendo dezenas de meninas, muitas delas vindas de outros estados como Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.

O dirigente do Projeto Social FF, Carlos Henrique Paulino, 35, esclareceu que do grupo original de 07, familiares de 06 das meninas (das quais 05 aqui de Itapira) aceitaram arcar com os custos de levá-las a Araraquara (distante quase 200 km de Itapira). O resultado foi a aprovação de todas elas, sendo que as itapirenses foram: Luciana Clara Sardinha de Lima (09 anos); Sara Vitoria Storari (12 anos); Kemily Lavínia Souza Silva (10 anos); Alice Silva Galdi (11 anos) e Manuela Oliveira Soares de 10 anos.

Ainda de acordo com aquilo que informou o dirigente, as meninas teriam que iniciar os treinamentos em fevereiro do ano que vem, projetando novamente as dificuldades já mencionadas, relacionadas à distância da cidade onde o clube formador fica localizado e o custo que implica o deslocamento.

Ajuda

Carlos Cardoso disse que ele e outros apoiadores do projeto, estudam uma forma de facilitar a ida das meninas durante o período de treinamento. Até mesmo por questões legais, o clube só pode oferecer alojamento para meninas com idade a partir de 14 anos. Este tipo de ação exige o cumprimento de uma série de obrigações, como alimentação adequada, atenção médica permanente e obrigatoriedade da continuidade da vida escolar. “Vamos nos mobilizar para conseguir alguma forma de ajuda, nem que seja o transporte”, comentou Cardoso.

Ainda conforme aquilo que segredou, a família de uma das meninas cogita mudar-se para Araraquara para investir no sonho da filha. Trata-se dos familiares de Kemily Lavínia, menina apontada pelo próprio dirigente e treinador, como dona de um enorme talento para a prática da modalidade, “uma joia a ser lapidada”, segundo sua aposta.

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