As equipes do Hospital Municipal de Itapira passaram por um “aperto” para dar conta da demanda de pacientes que se deslocaram até o principal local de atendimento à saúde pública do município na quinta-feira, dia 14. O Tribuna de Itapira recebeu reclamações e se deslocou até o HM para apurar a situação que estava ocorrendo.

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Eram por volta das 16h00 do referido dia que a reportagem chegou ao Hospital. A fila de pessoas aguardando atendimento era grande, com algumas que chegaram a dizer que haviam chegado na hora do almoço e ainda estavam esperando para serem atendidas.

A fila, inclusive, não era apenas para o atendimento, mas também para dar entrada na UTI, conforme apurado pela reportagem. Haviam três pessoas em estado grave, entre elas uma menina de 6 anos e uma mulher de 86. Com relação mulher de idade avançada, um familiar – que preferiu anonimato, confidenciou que em um determinado momento teve ele mesmo de trocar a roupa da paciente –que havia se urinado, por não ter enfermeiros disponíveis.

Tensão

As reclamações estavam sendo tantas, com algumas pessoas até se alterando, que a Guarda Civil Municipal teve de permanecer o local para acalmar os ânimos. Em conversa com o Tribuna, Suzy Elaine Santos, de 39 anos, relatou os momentos de aflição enquanto pedia por um atendimento de seu padrasto, Edvaldo Augusto Francioso, de 53 anos, que havia sofrido AVC.

Suzy contou que o SAMU o havia levado ao HM por volta das 14h00 – portanto já faziam duas horas que eles estavam lá, com Franciosi, que estava em cadeira de rodas, passando por uma triagem, mas permanecendo em espera sem ser encaminhado ao médico, algo inadmissível na visão de Suzy, já que sua situação era grave.

E a gravidade se comprovou, com Franciosi piorando e iniciando um novo quadro de derrame e, somente após isso, ele foi levado ao atendimento médico. Mais tarde, ainda em contato com a reportagem, Suzy informou que o quadro de seu padrasto era estável e que ambos estavam aguardando novas orientações a respeito de medicação e procedimentos médicos – nesse momento já se passavam das 17h00.

Prefeitura

O Tribuna solicitou um posicionamento da Secretaria de Saúde, que respondeu via assessoria de comunicação. A situação explicada foi a de que a demanda foi muito alta no dia, inclusive com muitos casos de dengue que ajudaram a sobrecarregar o atendimento. Além disso, a presença de muitas situações de gravidade.

“Nesse momento (na tarde do dia 14) temos três médicos nos consultórios atendendo, um de emergência e o Dr. Marcelo Cesto apoiando a emergência. A criança de 6 anos foi transferida, ela estava aguardando a vaga CROSS. Infelizmente a demanda está muito alta hoje (quinta) e com casos graves que aguardam vaga em UTI. Os leitos do Hospital e da Santa Casa – através do convênio com o município, estão ocupados e os pacientes foram inseridos em vaga CROSS. Além da demanda de casos de dengue que aumentou muito. Mais um médico está sendo chamado para assumir o período da noite”.

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