Desde primeiro de junho, deixou de funcionar em Mogi Guaçu o Instituto Médico Legal (IML) que operava no local a mais de uma década. Os procedimentos de necropsia passam a ser realizados pelo IML de Campinas. O assunto não é novo. Foi tratado aqui mesmo no TRIBUNA em março passado, quando era dada certa a desativação do órgão a partir de primeiro de abril. A medida afeta oito cidades da região: Itapira, Mogi Mirim, Mogi Guaçu, Estiva Gerbi, Santo Antônio de Posse, Pedreira, Holambra e Jaguariúna.

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O principal receio manifestado à época dizia respeito à possibilidade de uma morosidade indesejada na permanência das pessoas falecidas submetidas ao exame, utilizado especialmente em investigações de natureza policial. A isso somava-se à preocupação do aumento de custos com o deslocamento do corpo, assunto que diz respeito, por exemplo, aos agentes funerários, a grande maioria dos quais, contrários à medida.

O TRIBUNA DE ITAPIRA conversou com autoridades da área da segurança pública da região a respeito do assunto e foi consensual a pouca disposição de abordar a questão. Um profissional que atuava junto ao IML da vizinha cidade considerou que a medida é pontual e acredita que não trará prejuízos à população. A reportagem também ouviu a prefeitura de Mogi Guaçu a respeito. Segundo a assessoria de comunicação do prefeito Rodrigo Falsetti, o atual prefeito tem mantido entendimentos na esfera estadual para que a situação seja revista.

“A Prefeitura de Mogi Guaçu esclarece, inicialmente, que a transferência de parte das atividades Instituto Médico Legal – relativas à necropsia, mais especificamente, para a cidade de Campinas se deu por decisão do Governo do Estado, que alega indisponibilidade de profissionais legistas concursados para atuação em Mogi Guaçu. Informa ainda que tem buscado, ao longo das últimas semanas, com apoio de parlamentares e da estrutura do Estado, soluções que viabilizem, com a maior brevidade possível, a retomada integral dos serviços do IML local, beneficiando guaçuanos e moradores de toda a região”, disse em nota a Assessoria de Comunicação da prefeitura guaçuana.

Também por meio de uma nota, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo se manifestou e negou que a medida vá trazer prejuízo no atendimento de exames de necropsia. A pasta deixou em aberto a possibilidade da reabertura do órgão. Confira:

“A Superintendência da Polícia Técnico Científica (SPTC) esclarece que o Instituto Médico Legal (IML) de Mogi Guaçu segue atendendo normalmente para a realização de exames periciais. O prédio, que pertence ao município, passará por uma readequação estrutural. Durante o período, somente os casos de necropsia serão realizados pela Equipe de Perícias Médicas Legais (EPML) de Campinas, sem comprometimento ao atendimento à população”.

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