Os atletas itapirenses Rodrigo Hanri Altafini e Rodrigo Maldi Passini encararam no último domingo, dia 29, a edição de 2022 do Ironman Brasil. Uma das provas mais desafiadoras do esporte, consiste em completar 3,8km de natação, 180km de ciclismo e 42,1km de corrida em até 17 horas. A 20ª edição da prova foi disputada em Jurerê Internacional – Florianópolis, e reuniu 2200 atletas de 34 países que disputaram vagas para o Ironman World Championship, realizado no Hawaii. A reportagem conversou com ambos os atletas, que contaram um pouco sobre os desafios enfrentados.
A largada teve início ás 6h40 no canto Sul da praia, em um dia onde o clima não favoreceu os atletas que acabaram enfrentando chuva, vento e baixas temperaturas durante toda a prova. Altafini encarou o Ironman pela sétima vez e concluiu o percurso em 9h33m25s, tempo que garantiu ao atleta itapirense a 17ª colocação na categoria (45 a 49 anos) e a 148ª posição no geral da competição. As parciais do percurso ficaram em 53m41s na natação, 4h59m32s no ciclismo e 3h32m42s na corrida.
“Agente ama o esporte e o que faz. O Ironman é muito difícil, principalmente devido à distância. É uma temporada inteira de preparação e mesmo já tendo participado algumas vezes a ansiedade toma conta antes da prova”, disse Altafini, que concluiu o Ironman desse ano bem próximo de sua melhor marca de 9h20m conquistada em 2002. “Gosto de me desafiar cada vez mais. Tenho a vontade de encaixar as três modalidades na prova. Essa é a honra. De mostrar para mim mesmo o que eu tenho de melhor”, comentou, citando que sentiu um pouco o desgaste da prova durante a corrida. Altafini já alcançou a classificação para o mundial do Ironman em cinco oportunidades participando em 2005, quando foi o melhor brasileiro na classificação geral.
Passini disputou a prova pela primeira vez e, mesmo diante das dificuldades impostas pelo clima, concluiu o percurso em 10h35m20s, marca muito comemorada pelo itapirense. “Como dizem, é uma prova onde tudo pode acontecer. Como minha primeira vez, não esperava que seria tudo isso. Muito longa. A parte mental foi fundamental. Nos momentos difíceis, pensava em toda a dedicação que tive nos treinos e me superei. Foi uma experiência única”, disse Passini.
O tempo o deixou na 70ª colocação na categoria (30 a 34 anos) e com a 532ª posição no geral. O percurso da natação foi concluído em 1h00m26s, o do ciclismo em 5h38m11s e o da corrida em 3h42m11s. “O maior desafio é a constância. Não sou profissional, tenho a rotina do trabalho e a gente acaba abdicando de muitas coisas. Me dediquei ao máximo e foi a constância dos treinos que me fez concluir a prova”, concluiu.
Pela primeira vez em 20 anos, a etapa desse ano do Ironman Brasil teve, em uma mesma edição, os representantes do Brasil no topo dos pódios na Elite, no masculino e feminino. O paulista Reinaldo Colucci e a capixaba Pâmela Oliveira foram os responsáveis por este grande feito. Colucci completou a prova com o tempo de 7h48m27s, a terceira melhor marca na etapa brasileira do Circuito Ironman, seguido pelo catarinense Igor Amorelli, com 7h53m10s, e pelo também paulista Fernando Toldi, com 7h59m39s, garantindo um pódio totalmente brasileiro no masculino. Pâmela concluiu o percurso em 8h54m01s. A suíça Joanna Ryter, com 9h06m05s ficou em segundo e a também brasileira Bia Neres, com 9h14m05s, completou o pódio na Elite feminina.
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