Nestes tempos de profundas (e rápidas) transformações onde o ser humano mergulha de cabeça – para o bem e para o mal – no mundo digital, crescem nas mesmas proporções as preocupações com o mau uso das ferramentas tecnológicas que alicerçam essa nova realidade.

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Disseminação de fakenews e o poder viciante das traquitanas eletrônicas são, na visão dos entendidos, é apenas uma pálida amostra dos problemas que esse tipo de dependência é capaz de gerar. Esse tipo de preocupação passou a fazer parte de uma forma mais recorrente no cotidiano da itapirense Maria Silvia Ferreira Alves de Oliveira, filha do casal Consuelo e João Carlos de Oliveira.

Egressa originalmente da área de Administração de Empresas, Maria Silvia se consolidou como uma influente profissional em organizações do terceiro Setor, empresas nacionais e multinacionais, educadora social (com experiência internacional) e palestrante bastante requisitada em cursos livres e técnicos de capacitação direcionados a crianças e ao público mais jovem e também ao público feminino. Por conta desta alma irrequieta reforçou sua experiência em sala de aula, aprofundou investimentos em educação à distância, com aulas online – ao vivo e presencial – além da abordagem a respeito de diversos temas e mediação de grupos.

Capacitação

Toda esta dedicação contribuiu para que acabasse, mais recentemente, sendo aprovada para realizar um curso a cargo do Instituto Palavra Aberta, nome por detrás do projeto EducaMídia que forma capacitadores comprometidos para que a nova geração possa absorver neste ambiente digital cada vez mais consolidado, informações de forma segura e responsável. Foi desta forma que Maria Silvia acabou se tornando Multiplicadora de Educação Midiática e Cidadania Digital.

Recentemente, (16/09) ela publicou no TRIBUNA, um artigo intitulado “A importância da educação midiática e da cidadania digital na formação dos jovens”, onde expõe de forma cristalina suas preocupações a respeito do uso ilimitado dos recursos tecnológicos na formação dos mais jovens. “Com a disseminação acelerada de notícias e conteúdos nas redes sociais e na internet, é crucial desenvolver o senso crítico dos jovens, capacitando-os a identificar notícias falsas, filtrar informações tendenciosas e evitar o compartilhamento irresponsável de conteúdos duvidosos”, defendeu.

Maria Silvia disse para o TRIBUNA que esse processo deve envolver a toda sociedade, dada a urgência do assunto. Para isso, defende que o processo de capacitação na difusão destes conceitos esteja disponibilizado, por exemplo, no ambiente escolar, uma forma, segundo ela, de aumentar o número de agentes multiplicadores “em um ambiente essencial”. Ela cita o exemplo das escolas na Finlândia, onde o principal método adotado para o combate a desinformação e o ensino aos jovens para a identificação de fake news foi colocar em seu currículo básico nacional, a alfabetização midiática, como uma disciplina desde a pré-escola.

Ela não demoniza o uso das ferramentas tecnológicas, como por exemplo, os telefones celulares. Avalia que se trata de um ponto sem retorno. A questão, segundo Maria Silvia, é o regramento. Faz uma analogia curiosa a respeito do fosso que segundo ela separa os mais jovens dos sistemas formais de educação, com base nesta nova realidade. “As escolas estão no século XIX, os professores no século XX e os alunos, no século XXI”.

A gestora afirma que diversas experiências bem sucedidas demonstram que é possível fazer das ferramentas tecnológicas aliadas no processo de educação, “trazendo os alunos para o lado correto da discussão”. Ela avalia que ignorar o ambiente no qual principalmente os jovens estão inseridos, só dificulta mais as coisas. “Hoje em dia, os meninos sonham em ganhar dinheiro sendo influenciadores do Youtube (os chamados Yotubers), e as meninas querem ficar famosas como as blogueiras (no Instagram principalmente). As redes sociais vieram para ficar.

“Você pode trabalhar isso de diversas formas, positivas e negativas”, ponderou. As negativas, segundo seu entendimento, se caracterizam pelo espalhamento do discurso de ódio, de fatos inverídicos, tirados do contexto, por práticas criminosas das mais diversas, elementos que denotam um adoecimento da sociedade. “Por isso, é imperativo trabalhar o lado positivo, mostrando para as pessoas que são possíveis discernir entre o bem o mal, e fazer a opção correta”, completou.

Para saber mais:

EducaMídia: https://educamidia.org.br/

Cidadania Digital: https://new.safernet.org.br/

Semana Nacional de Educação Midiática: https://www.gov.br/secom/pt-br/assuntos/semana-de-educacao-midiatica

Trabalho desempenhado por Maria Silvia focaliza o público mais jovem

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