A Defesa Civil de Itapira atendeu, somente no mês passado, 35 ocorrências referentes a queimadas em áreas verdes da zona rural, até agora o maior número este ano. Os casos correspondem a 57% dos 61 registros verificados em 2021, segundo dados fornecidos pela própria corporação municipal.

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O balanço da reportagem do Tribuna de Itapira não levou em consideração os princípios de incêndios. Nos sete primeiros meses deste ano, Itapira já alcançou a mesma quantidade de queimadas verificadas ao longo de 2020. Com 35 sinistros em julho, os agentes da Defesa Civil foram acionados, em média, mais de uma vez por dia. Até então, o mês com maior número de queimadas era janeiro, com 14.

O chefe da corporação itapirense, Ronaldo Ramos da Silva, informou que o aumento dos casos está baseado em dois pontos: imprudência da população que dá início ao fogo e a estiagem. “Estamos vivendo um ano atípico. Esta estiagem mais acentuada já era prevista pelas autoridades, e com isso o número maior de queimadas. Por mais trabalho educacional que estejamos fazendo este ano, e também nos anos anteriores, além da interação com proprietários rurais e campanhas, parte da população não colabora e não tem consciência. As pessoas queimam lixo e limpam quintais com fogo e muitas vezes perdem o controle da queimada”, avaliou.

Entre os registros do mês passado, alguns foram de maior proporção, como a queimada que atingiu área de canavial na região conhecida como Duas Pontes, ameaçando inclusive chácaras próximas. Outro sinistro de grande porte foi entre os dias 15 e 16 de julho, o que demandou interação de três equipes e demorou quase 24 horas para ser controlado. A ocorrência foi na região do Córrego do Coxo e as chamas se espalharam pela rodovia SP-352, que liga Itapira a Amparo.

E o trabalho não deve parar. Somente no dia 1º de agosto a corporação teve que ser acionada cinco vezes para combater ocorrências ligadas ao fogo. Outro número com crescimento acentuado em julho foi o combate a princípios de incêndio – quando a equipe consegue controlar a situação antes de se tornar uma queimada. Foram 55, contra 23 em junho – aumento de 139%.

Dos 61 sinistros relacionados ao fogo anotados em 2021, nove foram em vegetação, um em canavial, um em bambual, 20 em matas e 30 na região rural como um todo. “Alguns proprietários rurais se preocupam e até se preparam para a estiagem. Outros não. E quando o incêndio acontece, a perda para fauna e flora é inestimável, além dos bens materiais. A estiagem é um momento de dificuldade por vários motivos. A baixa humidade do ar facilita a combustão e a propagação é auxiliada pelos ventos. Qualquer tipo de vegetação rasteira, de grande ou médio porte, é facilmente atingida”, analisou Silva.

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