O resultado da pesquisa de amostragem ADL (Avaliação de Densidade Larvária) – que identifica a taxa de infestação do Aedes aegypti (transmissor da dengue, zika e chikungunya) e o grau de risco para epidemia de doenças arboviroses no município, realizada em janeiro, foi apresentado durante reunião na Sala de Situação das Arboviroses, na quinta-feira, 30. Conforme foi informado, a situação de Itapira é de alto risco para uma epidemia de dengue.

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Durante a pesquisa, foram visitados 1.191 imóveis nas regiões 1 e 2 da cidade, e 66 amostras de larvas foram encontradas, sendo 62 delas do Aedes aegypti. O índice obtido foi de 4.3, indicando alto risco para uma epidemia. “Em janeiro do ano passado, o índice foi de 2,7 e o município enfrentou a pior epidemia de dengue de sua história, com mais de dez mil casos. Este ano, o índice larvário está ainda pior”, alertou a Secretária de Saúde, Maria Sueli Rocha Longhi.

Em 2024, as equipes visitaram a mesma quantidade de imóveis e nas mesmas áreas, sendo encontrados 46 amostras de larvas, sendo 35 do Aedes aegypti. Enquanto que no ano passado cerca de 75% das amostras eram de larvas do mosquito transmissor da dengue, em 2025, essa taxa subiu para cerca de 94%.

Nebulização

A responsável técnica pela Vigilância Epidemiológica, Josemary Apolinário, durante a reunião abordou algumas das ações em andamento, como a nebulização costal e o bloqueio de criadouros.

A nebulização costal com inseticida teve início na quarta-feira, 29, no bairro São Vicente, que faz parte do chamado “complexo central”, no mapeamento da Vigilância. Na sexta-feira, 31, os agentes atuaram no Centro e nos arredores do Parque Juca Mulato. As orientações são manter as portas e janelas das casas abertas, armazenar itens de cozinha, retirar roupas do varal e potes de alimentação de animais de estimação, além de proteger crianças e idosos em cômodos fechados da casa.

Josemary também reforçou a necessidade de um trabalho conjunto para evitar uma nova epidemia. Ela apresentou um modelo do plano de ação que será elaborado e apresentado no dia 7 de fevereiro, devendo ser executado pelos diversos setores nos próximos seis meses, com o objetivo de eliminar o Aedes aegypti. “O trabalho de conscientização e ação que realizamos com a população precisa ser replicado em todos os setores da Prefeitura. Todos os servidores devem estar envolvidos nesta luta”, afirmou.

Casos

Boletim divulgado pela Saúde na terça-feira, 28, constava o registro de 12 novos casos da doença em Itapira, chegando em um total de 42 positivações em 2025. Dos 12 casos, nove são autóctones (contaminações em Itapira), dois importados e um indeterminado. Até o momento, os bairros com maior número de moradores infectados são Vila Pereira, Jardim Macucos e Parque Felicidade.

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