A estreia em uma prova de alto nível não poderia ter sido melhor para o atleta itapirense Melquisedeque Messias Ribeiro, o Melki, 26. No domingo, 13, ele disputou a 15ª Meia Maratona Internacional de São Paulo e alcançou o índice para se tornar atleta de elite.

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Há 10 anos praticando, treinando e competindo, Melki Ribeiro traçou objetivos e vem cumprindo cada etapa. “Comecei com o pessoal que treina na Pista de Atletismo e aos poucos fui melhorando meus tempos, até que o professor Rodrigo (da Costa Vicente) viu em mim boa capacidade para provas de resistência”, lembra. “Quando ele foi fazer um curso na Europa trouxe conhecimentos que aplicou nos meus treinamentos e isso me ajudou muito”.

Melki passou a competir nas provas de até 10 quilômetros, sempre com boa performance e melhorando cada vez mais seus tempos. Assim, tomou a decisão de dar vôos mais altos e passou a se dedicar à meia maratona (21 km) e maratona (42 km), provas mais conhecidas e que atraem grandes corredores. Sua estreia na maratona não poderia ter sido melhor com a vitória 4ª Maratona de Sorocaba, no dia 12 de dezembro do ano passado, e o tempo de 2h33min15, mais de 14 minutos à frente do segundo colocado. “Não corri para fazer tempo, mas para me ambientar à prova e avaliar se eu tinha condições de disputar provas dessa distância”, frisa. “Acabei vencendo a prova e isso me deu mais ânimo ainda”.

ELITE

Mas, para ser da elite, largar no pelotão principal, tinha que vir o tempo capaz de colocar o itapirense nessa condição. No domingo, apesar de ser inscrito na CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo), sua inscrição não foi aceita como corredor de elite e Melki foi obrigado a largar no pelotão geral, saindo cinco minutos depois dos principais participantes. “Corri para fazer o tempo, dei tudo de mim e alcancei meu objetivo”, diz. “Mas a direção da prova, apesar de me garantir que usaria o tempo líquido, acabou não fazendo isso e me deixou de fora dos primeiros colocados.

Na realidade, mesmo saindo lá atrás, no meio do geral, Melki alcançou o quinto colocado e fez um tempo melhor que o dele. Leonardo Santana de Olinda, o quinto da elite, fez o tempo de 1h14min38 e Melki cravou, como tempo líquido – que é o tempo total descontado o de espera para largar – 1h08min51, garantindo o terceiro lugar no geral. “Mostrei minha indignação e eles se retrataram, pediram desculpa e garantiram que meu tempo será enviado para a Federação Paulista de Atletismo e para a CBAt e isso irá me colocar como atleta de elite, dando o direito de largar sempre no pelotão principal, não importando a prova ou a distância”, explicou.

Agora o itapirense já tem estreia marcada para outro tipo de prova. No início de março encara a prova do Campeonato Paulista de Cross Country, em Bragança paulista no dia 27. “Depois vou competir na Copa Brasil de Cross Country em abril em Poços de Caldas (MG)”, completa Melki.

Em março a agenda marca a participação na Meia Maratona que será realizada no dia 06 no Shopping D. Pedro, em Campinas. Em abril o itapirense estará na Maratona de São Paulo, marcada para o dia 09. “Nessa prova é bem provável que eu corra com o pessoal da frente até o quilômetro 30 para avaliar minhas condições”, revela. “Se estiver bem vou até o final”.

A prova paulista servirá como uma espécie de teste para a 37ª Maratona Internacional de Porto Alegre (RS), marcada para o dia 12 de junho. “Quero baixar meu tempo e me aproximar de 2h20, que me coloca entre os 20 melhores corredores do Brasil”, revela.

Para realizar seu projeto e se tornar um corredor de elite Melki tem recebido o apoio de pessoas que acreditam em seu potencial. “Além do professor Rodrigo, que foi o primeiro a acreditar no meu potencial, tenho pessoas que me ajudam a custear as despesas com inscrição, viagens e até mesmo de profissionais que dão sustentação ao meu trabalho”, agradece. Melki cita os amigos da Runners Itapira, a Planta & Ação, a Clínica Orru, a nutricionista Débora Pepe Iorio, a fisioterapeuta Franciele Moreira e a Tennis Hall. “E sempre que participo, faço questão de me inscrever como atleta de Itapira”.

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