Foi comemorado ontem, dia 20, o dia do Farmacêutico, profissional que é responsável pela promoção da saúde e bem-estar das pessoas e, entre outros, pela promoção do uso racional e correto de medicamentos. A data, comemorada no Brasil, foi escolhida tendo como referência a fundação da Associação Brasileira de Farmacêuticos (ABF), em 20 de janeiro de 1916.

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Na área da saúde pública e privada, seu ramo de atuação é amplo e diverso. Pode envolver desde um grande laboratório que produz medicamentos, até mesmo hospitais no auxílio aos médicos. A relação com medicamentos utilizados em tratamentos, indústrias, área de cosméticos, agricultura e outros lugares onde existe a produção ou distribuição de medicamentos, também é especialidade dessa área. No Brasil, o profissional pode exercer em mais de 70 ramos distintos da farmácia.

Com o passar das décadas, a atuação do farmacêutico foi passando por uma mudança, principalmente em cidades do interior como Itapira. Há muitos anos atrás, as farmácias eram os primeiros lugares a serem procurados por pessoas que não estavam passando bem, principalmente pela falta de médicos e um sistema de saúde pública carente. Esse fato foi muito vivenciado pelo Técnico de Farmácia e Técnico em Enfermagem, atuante desde 1995 no ramo e atualmente proprietário da R e R Pharma, Ronaldo Rodrigo Carmona.

“Antigamente as farmácias podiam realizar mais serviços e tipos de atendimentos. Nossa rede pública de saúde não era tão eficaz como é nos dias de hoje e também não haviam muitos médicos disponíveis, então o paciente ia primeiro na farmácia para tentar resolver o problema e buscar uma orientação. Caso não fosse solucionado, ai que se ia até um médico”, detalhou Carmona.

Nos dias atuais a situação é bem diferente, com as farmácias atuando mais como um ponto de dispensação de medicamentos. “Hoje mudou muito. Com uma rede pública mais eficaz, a gente acaba virando um ponto de venda de medicamentos e ajudando no tratamento que o médico passa, oferecendo uma boa orientação ao paciente em como usar e tomar o remédio. Seria mais um ponto de ajuda para os médicos, em vista que um bom tratamento também passa por uma boa orientação do uso dos medicamentos. Chamamos de ponto de dispensação de medicamentos”

Carmona ainda conta que o seu crescimento na profissão foi a busca por ser eficaz no trabalho. “Foi o meu primeiro emprego. Como tudo na vida, tentamos ser efetivos e fui gostando. Fiz cursos técnicos, como o de enfermagem, farmácia e aplicação de injeção. Fui observando e aprendendo no dia a dia o que o paciente sentia e o que era receitado. Me apaixonei pela área e hoje estamos ai com quase 30 anos de profissão”, concluiu.

FUTURO

Atuando ao lado de Ronaldo Carmona está sua filha, a Farmacêutica-Bioquímica, Raissa Camargo Carmona. Para ela, o contato com as pessoas e poder fazer a diferença foi o estímulo para seguir a carreira. “Como cresci dentro de uma farmácia, desde pequena acompanhando meu pai, me encantei com o cuidado para com as pessoas, no fato de você ajudar o paciente, fazer a diferença no dia a dia dele e proporcionar o bem estar. Sempre me vi no balcão, tendo esse contato, orientando e tendo o retorno dos pacientes, dizendo que o tratamento ajudou e agradecendo”, disse Raissa.

O período da pandemia foi um grande desafio, mas também um momento em que a profissão foi exaltada por também estar na chamada “linha de frente”. “Na pandemia, ajudamos muito mais do que antes. Muitas pessoas, as vezes, não procuravam atendimentos de hospitais por estar lotado e vinham até a farmácia, ligavam pra saber sobre remédios. Nosso trabalho como farmacêutico, em algumas áreas, foi muito mais reconhecido. Estávamos à frente, a farmácia permaneceu aberta durante toda a pandemia, minha família inteira estava trabalhando. Todos tinham medo, um momento muito delicado, mas vestimos a camisa e nos dedicamos. A relação paciente farmacêutico, no primeiro ano da pandemia foi muito mais evidenciado do que antes”.

Assim como a atuação do farmacêutico veio mudando com o passar dos anos, Raissa já projeta novas maneiras de trabalhar em um futuro próximo, com situações que já podem ser evidenciadas nos dias de hoje. “Temos uma legislação que está sendo liberada pelo Conselho Federal de Farmácia de ter um consultório farmacêutico dentro ou fora da farmácia. Seria o farmacêutico ajudando o paciente, orientando sobre os melhores horários de tomar o remédio e até prescrever alguns medicamentos que podemos e são isentos de prescrição médica. É algo novo no mercado, mais aprofundado, um atendimento mais individualizado. Em Campinas e São Paulo já acontece”, explicou.

“Entregas e delivery também vem crescendo muito e são tendência. Hoje, muitas pessoas já usam aplicativos de farmácias de grandes redes. Aqui na R e R Pharma a demanda de entregas é muito grande. Ás vezes tendo até mais entrega em um dia do que atendimento presencial”, concluiu.

Raissa seguiu os passos do pai Ronaldo

INDÚSTRIA

Outro setor de atuação dos profissionais que também se desenvolveu muito nos últimos ano é o da indústria farmacêutica. Segundo o Farmacêutico Industrial, Alexandre da silva, que atuou por 17 anos no Laboratório Cristália e já está a sete à frente da Drogaria Itapirense, o avanço da indústria no setor de medicamentos e a aposta em nanotecnologia vão permitir que as pessoas tenham mais saúde no futuro.

“Nos últimos tempos houve muito avanço na parte de produção de medicamentos. O Cristália descobriu moléculas novas e tudo isso favorece para que o remédio entre no mercado, com a venda em farmácias possibilitando que as pessoas tenham uma saúde melhor. Em um futuro próximo, a parte principal é a nanotecnologia aplicada em medicamentos, que possibilitam que os fármacos atuem diretamente no alvo molecular, diminuindo o surgimento dos efeitos adversos”, disse Silva.

Alexandre: futuro é a nanotecnologia

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