Na quarta-feira, dia 22, o médico veterinário Rodrigo Silva Bertini, coordenador do departamento de controle de zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde, interrompeu seu período de férias para dar apoio ao recolhimento em Barão Ataliba Nogueira, de uma cobra cascavel, encontrada em uma granja. “Essa era das grandes”, comentou ele posteriormente.

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Segundo Bertini, não se trata de um caso isolado. Registros da Zoonoses indicam que desde 2021 vem aumentando tanto a captura, quando acidentes envolvendo cobras venenosas. A divisão de Vigilância Epidemiológica (VE) informou que somente neste ano, foram registrados seis acidentes de picadas de cobra em Itapira.

De janeiro, até a ocorrência de quarta-feira, foram apreendidas e entregues para o setor de zoonoses 29 serpentes, das quais 24 venenosas. Essas são enviadas para o Instituto Butantã em São Paulo. O mês com maior número de registros foi março, com a captura de 9 cobras venenosas e 1 não venenosa.

Bertini segredou que recentemente foi capturada uma “urutu” dentro do almoxarifado da prefeitura. Trata-se de um sub-espécie da jararaca, cuja captura tem se tornado cada vez mais rara. No caso das cobras venenosas capturadas na cidade, a maior incidência, segundo ele, é das cascavéis, seguidas das jararacas.

Com relação às ocorrências e picadas em pessoas, além das de cobra, a Vigilância ainda informou que foram 154 de escorpião, 56 aranha, 37 de lagarta e 78 de abelha desde o início de 2023, portando 331 casos.

Crescimento

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, somente neste ano, em todo o Estado de São Paulo, morreram seis pessoas vítimas de picada de cobra. No mesmo período do ano passado, foram 04 mortes. O total de acidentes no ano passado foi de 2.224 e até o mês passado, 1.690. O caso de óbito mais recente ocorreu na noite de sábado, em Panorama, no extremo oeste paulista, quando um menino de 2 anos morreu em decorrência de uma picada de cascavel.

Questionado a respeito dos motivos pelos quais tem crescido o número de acidentes e também da captura de cobras, Rodrigo Bertini respondeu: “ Existe um número maior de pessoas entrando em áreas de matas, sem as devidas precauções”.

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