Bakhita, significa ‘afortunada’. Nome dado por sequestradores a uma menina negra raptada no Sudão em 1878, vendida como escrava e cujo nome verdadeiro se perdeu na história. Convertida ao Cristianismo na Europa e batizada em 1890, essa santa foi canonizada em 2000 pelo Papa João Paulo II. No Brasil, a terceira paróquia que a tem como padroeira foi instalada na semana passada, no bairro Istor Luppi, em Itapira. As outras duas estão em Nova Odessa-SP criada em 2011 e Paranaguá-PR, a mais antiga, fundada em 2009.
A paróquia de Santa Josefina Bakhita se tornou a maior em extensão territorial do município de Itapira sendo a sétima paróquia da cidade, englobando oito comunidades e uma população com cerca de 20 mil habitantes. A história começou em 2005, com a instalação de uma comunidade no local, ainda agregada à paróquia de Nossa Senhora Aparecida dos Prados.
A missa que instalou oficialmente a paróquia aconteceu na terça-feira à noite às 19h30, na matriz localizada rua Ivo Stringuetti, 177. Com cerca de duas horas e meia de duração, o encontro religioso contou com alguns eventos especiais que marcaram a data. Logo no começo foi contado aos presentes um pouco da história da criação da comunidade. Depois um teatro foi encenado a história de Bakhita. Em seguida o Bispo Diocesano de Amparo, Dom Luiz Gonzaga Fechio realizou a leitura do decreto de criação da paróquia, além do documento de tomada de posse do primeiro pároco, o padre Everton Nucchi, que está à frente dos trabalhos desde 2016. Aconteceu ainda a entrega dos símbolos que representam o ministério do padre. O Bispo entregou a chave da igreja, chave do sacrário, água do batismo, e a estola roxa peça de vestuário que faz referência ao atendimento à comunidade.
Durante o evento diversos padres da cidade e da região estiveram presentes. Além disso, autoridades como o Prefeito Toninho Bellini e o vice-prefeito Mário da Fonseca acompanharam os ritos, além de vereadores e outras personalidades de Itapira. A missa contou ainda com participação do Irmão canossiano Cícero e das freiras Irmã Manuela e Irmã Gianna, esta última inclusive trabalhou no processo de santificação da Bakhita. A congregação Canossiana, criada na Itália, chegou ao Brasil em 1948.
“Daqui para frente o maior desafio ainda é manter as comunidades unidades, inclusive por causa da distância entre elas”, comentou o padre Everton Nucchi. Fazem parte da paróquia as seguintes comunidades: Nossa Senhora Aparecida, no bairro da Ponte Nova; Bom Senhor Jesus, nos Limas; Beato Padre Donizete nos Forões; São José e Sagrado Coração de Jesus, ambas em Barão de Ataliba Nogueira; Sant’Ana e São Benedito em Eleutério; e Rosa Mística e São Geraldo nas chácaras Terrazam.
“Um dos nossos referenciais é a acolhida dos fiéis. As pessoas que vêm aqui se sentem bem acolhidas. A Bakhita, tem realmente um povo unido e com fé. Uma comunidade que tem vontade de viver junto. E só foi possível constituir a paróquia por essa via da unidade. E não estiveram ajudando somente membros da paróquia, mais sim outras pessoas devotas à Santa Bakhita de outras paróquias da cidade que vieram ajudar”, contou Nucchi.
As missas regulares acontecem todos sábados às 17h00 na comunidade Sant’Ana e São Benedito em Eleutério, às 19h00 na comunidade de São José em Barão Ataliba Nogueira. Aos domingos a matriz conta com duas missas, às 08h00 e 19h00. Às 10h00 o encontro é na comunidade Nossa Senhora Aparecida na Ponte Nova.
A programação ainda prevê missas: às 17h00 na comunidade Senhor Bom Jesus no Bairro dos Limas no primeiro domingo do mês; às 19h30 na primeira quarta-feira do mês na comunidade Beato Padre Donizetti; 19h30 na terceira quarta-feira na comunidade Nossa Senhora da Rosa Mística e São Geraldo; e na primeira sexta-feira às 07h00 e 19h30 no Sagrado Coração de Jesus. A agenda contempla também, todas as terças-feiras, a Novena Perpétua de São Miguel Arcanjo às 19h30 na Matriz, além de no dia 19 de cada mês Novena Perpétua em Louvor a São José, às 05h30 na comunidade de Barão Ataliba Nogueira.
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